80 - Indústria FarmacêuticaFórmula de sucessoPara garantir a boa saúde do setor, fabricantes de produtosfarmacêuticos exigem que seus fornecedores de transportesdominem a legislação em vigor e a especificidade da operação.Rico emcomplexidade,o transportede produtos farmacêuticosexige conhecimento técnicoe agilidade, além de umahabilitam as transportadorasa operar com tais cargas. Nouniverso dessa indústria, écomum o transporte de algumassubstâncias sensíveis à luz outemperatura. E outras quedemandam acondicionamentoespecial, de modo a evitarriscos de contaminação.O setor farmacêutico, portanto,as empresas transportadorasdevem estar permanentementeatentas.Com o crescimento dosetor – que, segundo opresidente da Abrafarma(Associação Brasileira de Redesde Farmácias e Drograrias),Sergio Mena Barreto, dobroude tamanho nos últimos cincoanos, passando de R$ 24 bilhõespara R$ 45 bilhões em 2012 –,as empresas transportadoraspassaram a ser demandadascom intensidade ainda maior einúmeras contra-indicações.animal, no nosso caso),têm de ser reavaliados eencaminhados para descarte,o que gera dispêndios”, explicao supervisor do Departamentode Manutenção e Expediçãoda Phibro Animal Health,Vanderlei Bispo.Isso explica os cuidadosda empresa, na contrataçãode novos fornecedoresde transportes. “Nossosfornecedores devem sercomprometidos. É de sumarelevância que a transportadoraesteja familiarizada como processo e com ascaracterísticas da carga, alémde, obviamente, ter todaspara operar”, diz o supervisor.Atualmente, a Phibro utiliza 12transportadoras regionalizadaspara viabilizar diferentesestratégias de atendimentoaos clientes, como, porexemplo, veículos dedicadose recebimentos pulverizados.“Dessa forma, com apenas umfornecedor de transporte porregião, garantimos maior próatividadee formalizamos umaparceria na qual todos ganham:nós mesmos, com um serviçodedicado, e a transportadora,com a certeza de volume”,relata Vanderlei.Além de todos essesquesitos mencionados, paraa especialista em logística daJohnson & Johnson, FláviaCarolina, a parte regulatória, daobtenção de todas as licençasque habilitam a empresa aoperar, tem total prioridade.“Também conta a questãonegociar, posicionamentosque fazem muita diferença.Prioritário também é acomprovada experiência datransportadora no mercadoem que atua”. A Johnson &Johnson mantém um grupode 12 transportadores comcontratos de mais um ano,avaliados segundo diversoscritérios, entre os quais o ontime delivery, por exemplo.DISPÊNDIOSAssim como os químicos, osprodutos do setor farmacêuticoapresentam alto risco deavarias, envolvendo relevantescustos para os embarcadores.“Quando acontecem avarias,temos um problema quesupera o valor da carga emsi, porque os produtos (raçãoLOGWEB 129 NOV/2012 www.logweb.com.br
Indústria Farmacêutica - 81Em função dos altos riscos de avarias, manuseio de produtosfarmacêuticos exige atenção especialATIVOSTambém para a supervisorada Vitapan, Selma Pereirados Santos, dominar ascaracterísticas da operaçãocom produtos farmacêuticosé determinante para aincorporação de umatransportadora à operação.Selma, no entanto, salienta queos ativos da empresa devemestar à altura da complexidadeda operação. “Primeiramente,é preciso que a transportadoratenha todos os documentosexigidos pela Anvisa (AgênciaNacional de VigilânciaSanitária). Damostambém muitaimportância ao estadode conservação dafrota e ao modo dehigienização do veículo,porque não podemoscorrer o risco decontaminação entrecargas, de acordocom os requerimentosda Anvisa, já queestamos lidando commedicamentosNeste setor, tende-sea manter os vínculosde parceria, uma vezoperação e os rígidosprocedimentos que aenvolvem demandamexperiência por partedos transportadores.“Mantemos oscontratos comCritérios deseleçãoA 6ª Pesquisa Nacional dos Fornecedoresde Serviços de Transportes, que serviude base para a indicação das empresasTop do Transporte 2012, revelou ograu de importância para a indústriafarmacêutica, de cada um dos cincoparâmetros utilizados para seleçãoe avaliação de uma transportadora.O estudou envolveu um total de37 indústrias filiadas à Abifarma eAlanc (Associação dos LaboratóriosFarmacêuticos Nacionais) e destacou oNível de serviço em primeiro lugar.O fator destaca a habilidade dofornecedor de transportes em cumprir osprazos de coleta e entrega. Conferidaa qualidade operacional da empresa,o critério de Custo–benefício foi osegundo item avaliado, que traduz a boarelação entre o preço cobrado e o serviçooferecido. Depois disso, a Gestão daQualidade e a Capacidade de Negociaçãoaparecem empatados em 3º lugar, seguidodo fator Tecnologia da informação, quealcançou a última colocação.