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Como Nascem os Anjos

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quando o vapor formado pelo sopro de Henri<br />

desaparece.<br />

—O que você fez?<br />

—Acenda as luzes de suas mã<strong>os</strong> sobre o globo —<br />

ele diz.<br />

Eu faço cintilarem as luzes em minhas palmas, e,<br />

quando as mantenho sobre a bola, o verde e o azul<br />

retornam, mas dessa vez permanecem enquanto<br />

minhas mã<strong>os</strong> brilham sobre a esfera.<br />

— Essa era a aparência de Lorien um dia antes da<br />

invasão. Não é lindo? Às vezes até eu esqueço.<br />

É lindo. Tudo verde e azul, fértil e próspero. A<br />

vegetação é exuberante sob as rajadas de vento<br />

que, de alguma forma, consigo sentir. Ondas<br />

suaves surgem na água. O planeta está realmente<br />

vivo, florescendo. Mas quando apago as luzes em<br />

minhas mã<strong>os</strong> tudo desaparece, tudo mergulha<br />

novamente n<strong>os</strong> tons de cinza.<br />

Henri aponta um ponto na superfície do globo.<br />

— Aqui — ele diz. — Foi daqui que partim<strong>os</strong> no<br />

dia da invasão. — Ele move o dedo meio<br />

centímetro para longe do ponto. — E bem aqui<br />

ficava o Museu Lórico de Exploração.<br />

Assinto e olho para o lugar que ele está indicando.<br />

Mais cinza.<br />

— O que o museu tem a ver com isso? — pergunto.<br />

Sento-me novamente na cadeira. É difícil olhar<br />

para tudo aquilo sem sentir tristeza.<br />

Ele me encara.<br />

—Tenho pensado muito no que você viu.<br />

—E...? — tento incentivá-lo a pr<strong>os</strong>seguir.

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