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Como Nascem os Anjos

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Ele pega a estrada.<br />

— E, então, não vai me dizer o nome dela?<br />

— O quê?<br />

— Deve haver uma razão para esse seu sorriso ridículo. E a<br />

razão mais óbvia é uma garota.<br />

— <strong>Como</strong> sabe?<br />

—John, meu amigo, em Lorien este velho Cêpan era um<br />

conquistador.<br />

— Está brincando — respondo. — Isso não existe em<br />

Lorien.<br />

Ele assente com ar de aprovação.<br />

— Ah, esteve prestando atenção.<br />

O povo lórico é monogâmico. Quando n<strong>os</strong> apaixonam<strong>os</strong>, é<br />

para sempre. O casamento c<strong>os</strong>tuma acontecer por volta d<strong>os</strong><br />

vinte e cinco an<strong>os</strong> e não tem nada a ver com lei. É mais<br />

baseado em promessa e compromisso do que em qualquer<br />

outra coisa. Henri era casado havia vinte an<strong>os</strong> quando<br />

partiu comigo. Dez an<strong>os</strong> se passaram, mas sei que ele ainda<br />

sente falta da esp<strong>os</strong>a tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias.<br />

— Então, quem é ela? — Henri pergunta.<br />

— O nome dela é Sarah Hart. Ela é filha da corretora de<br />

imóveis de quem você comprou a casa. Faz duas aulas<br />

comigo. É caloura.<br />

Ele move a cabeça em sentido afirmativo.<br />

—Bonita?<br />

—Muito. E inteligente.<br />

—Sim — ele responde devagar. — Estou esperando por<br />

isso há algum tempo. Só não esqueça que podem<strong>os</strong> ter de<br />

partir de uma hora para outra.<br />

—Eu sei — digo. E o restante do trajeto até em casa é<br />

percorrido em silêncio.

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