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Lenha nova para a velha fornalha

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SÍNTESE E CONCLUSÕESprodução de alimentos, já que estes têm seus preços aumentados pelos custosde transporte e sua qualidade deteriorada pelo tempo e pelas condições precáriasde transporte.• As monoculturas, de modo geral, reduzem a disponibilidade de água, secandosuas fontes, além de contaminarem com agrotóxicos o volume remanescente.Seus impactos sobre a produção de alimentos tradicionais não se limitam,portanto, às <strong>nova</strong>s áreas ocupadas pelo monocultivo, mas atingem tambémos territórios circunvizinhos.• Além de causarem desemprego, as monoculturas alteram o padrão de circulaçãoda renda local, já que se utilizam de insumos e equipamentos produzidosem centros distantes. As economias locais e regionais vêem-se, assim,duplamente empobrecidas. É por este motivo que já despontam em algunsestados e municípios iniciativas governamentais no sentido de frear o crescimentoda cana-de-açúcar, <strong>para</strong> evitar o desemprego e o aumento dos preçosdos alimentos.• O crescimento das monoculturas relacionadas à produção de agrocombustíveisestá causando a destruição de biomas no Brasil, de forma indiretatambém. Neste particular, o deslocamento da criação do gado bovino <strong>para</strong><strong>nova</strong>s áreas de fronteira agropecuária é o principal fator de destruição de biomascomo a Floresta Amazônica, o Cerrado e o Pantanal.Agrocombustíveis, aquecimento global,pastagens e áreas degradadasSem dúvida, é necessário encontrar fontes alternativas de energia que venham asubstituir os combustíveis derivados do petróleo. Mas a simples troca da gasolinapelo etanol e do óleo diesel pelo biodiesel, da maneira que vem se desenvolvendo,pode vir a causar mais problemas do que benefícios, seja do ponto de vista econômico,social ou ambiental. Mesmo <strong>para</strong> o enfrentamento do aquecimento global, osestudos mais recentes indicam que os agrocombustíveis, produzidos em regimesmonoculturais, podem na verdade agravar o problema, ainda que isto não se dê àcusta da destruição de florestas.Segundo pesquisa realizada por Paul J. Crutzen, Prêmio Nobel de Química,o óleo de canola produzido na Europa resultaria em liberação de 70% mais gasesresponsáveis pelo efeito estufa do que o óleo diesel. Já o etanol de cana gera“apenas” entre 50 e 90 por cento dos gases do efeito estufa que seriam emitidospela gasolina. 1212 Emma Graham-Harrison. Muitos biocombustíveis seriam mais nocivos que petróleo. Reuters/BrasilOnline, 27/09/07.103

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