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Lenha nova para a velha fornalha

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LENHA NOVA PARA A VELHA FORNALHA – A FEBRE DOS AGROCOMBUSTÍVEIScontratos de fornecimento. O Governo Federal, através do Ibama e do Ministério doTrabalho, vem também exercendo com maior intensidade atividades de fiscalização,visando reduzir a ilegalidade dominante nestas atividades.A produção de ferro-gusa no Pólo CarajásO Pólo Siderúrgico de Carajás, região que compreende parte dos estados do Pará,Tocantins e Maranhão, é o maior produtor de minério de ferro do mundo. Concentra14 indústrias siderúrgicas num raio de apenas 150 km, em <strong>para</strong>lelo à atividade deprodução de carvão vegetal, em larga escala, <strong>para</strong> fins industriais.Segundo Marcelo Carneiro, professor da Universidade Federal do Maranhão(UFMA), a implantação do Pólo está diretamente relacionada à implementação doPrograma Grande Carajás (PGC) e à decisão, do governo federal e dos estados doPará e Maranhão, de estimular a implantação de usinas de produção de ferro-gusaao longo da Estrada de Ferro Carajás. A atração de empresas guseiras <strong>para</strong> aAmazônia Oriental no final dos anos oitenta está também relacionada à concessãode subsídios – do Programa Grande Carajás, da SUDAM e da SUDENE – e à existênciade fontes abundantes de material lenhoso <strong>para</strong> produção de carvão vegetal, nooeste maranhense e no sudoeste <strong>para</strong>ense. 10Ainda segundo Marcelo Carneiro, a produção guseira de Carajás quase semultiplicou por dez nos últimos anos: passou de 384 mil toneladas em 1995 <strong>para</strong>3,45 milhões de toneladas em 2006. Isto faz com que, atualmente, cerca de 11% daprodução guseira total e mais de um terço da produção guseira independente (feitapor empresas que não possuem aciarias) estejam localizados na Amazônia Oriental,concentrada nos municípios de Açailândia/MA e Marabá/PA.Atualmente, existem 19 altos-fornos nas siderúrgicas <strong>para</strong>enses, com capacidadeinstalada <strong>para</strong> 2 milhões de toneladas de ferro-gusa por ano. Eles consomemcerca de 4,4 milhões de metros cúbicos anuais de carvão. Como estão programados<strong>para</strong> entrar em operação outros quatro altos-fornos, a demanda por carvão deverásubir <strong>para</strong> 5,8 milhões de metros cúbicos anuais. Além disso, outros 2,2 milhões demetros cúbicos de carvão são anualmente enviados <strong>para</strong> as siderúrgicas maranhenses.Existem ainda outros 25 mil pequenos fornos <strong>para</strong> a produção do carvão. Destes, 5 miltêm licenciamento precário, com 45 mil trabalhadores na ilegalidade, de acordocom dados do governo do Pará.Para a fabricação do ferro gusa, essas indústrias consomem de 12 a 14 milhõesde metros cúbicos de lenha na produção do carvão vegetal. Há ainda na região 11pólos madeireiros que consomem cerca de 3,3 milhões de metros cúbicos de madeiraem toras, além de um ativo pólo de pecuária extensiva e de monocultura da soja.10 Marcelo Carneiro. A evolução da atividade siderúrgica na Amazônia Oriental e as questões sociais eambientais a serem enfrentadas. Jornal Pequeno, 15/06/07. www.jornalpequeno.com.br.76

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