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Lenha nova para a velha fornalha

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PAPEL, CELULOSE E CARVÃO VEGETALEsse conjunto de atividades, principalmente a produção de carvão vegetal, exerceforte pressão sobre os recursos florestais há décadas, colocando a região entre asde maior taxa de desmatamento na Amazônia. Estima-se que 40% da região játenham sido desmatados. 11Em janeiro de 2006, o Ibama multou siderúrgicas de Carajás, no Pará – commais de 10 anos de funcionamento –, em mais de R$ 500 milhões e do Mato Grossodo Sul, em mais de R$ 23 milhões, devido ao uso ilegal de carvão proveniente dematas nativas.Em abril de 2007, cerca de 21 mil metros cúbicos de carvão vegetal – o equivalentea 350 caminhões carregados – foram apreendidos pelo Ibama nas dependênciasdas siderúrgicas produtoras de ferro-gusa de Marabá (PA). A ação geroumais de R$ 150 milhões em multas, relacionadas principalmente à aquisição decarvão sem origem comprovada.No total, oito produtoras de ferro-gusa foram inspecionadas pelo Ibama, dasquais cinco tiveram carvão apreendido: Cosipar, Sidenorte, Simara, Sidepar e Usimar.A Cosipar foi também embargada <strong>nova</strong>mente, por operar sem licença ambiental.No mês anterior, a empresa havia sido fechada, mas voltou à ativa depois de obterliminar na Justiça contra a decisão. O Ibama, no entanto, recorreu e conseguiu asuspensão da liminar. Durante a ação, que também fiscalizou carvoarias e serrariaslocalizadas no Pará, foram apreendidos 2,7 mil metros cúbicos de madeira eembargados 239 fornos, segundo a agência de notícias Repórter Brasil. 12A operação concentrou-se nos municípios de Dom Eliseu, Paragominas, Rondondo Pará e Ulianópolis. Nesses locais é produzida quase a totalidade do carvão vegetalutilizado nas siderúrgicas de Marabá e grande parte do carvão consumido pelassiderúrgicas de ferro-gusa do Maranhão. Outro resultado da operação foi a constataçãode que siderúrgicas adquiriram carvão de empresas que fraudaram o sistemade controle de produção florestal.Anualmente, de acordo com levantamento do Ibama, as siderúrgicas do PóloCarajás consomem aproximadamente sete milhões de metros cúbicos de carvão vegetal– algo que equivaleria a cerca de 100 mil hectares de área desmatada. O Ibamaestima que 70 mil hectares seja a área desmatada <strong>para</strong> carvão sem origem comprovada.Estudos realizados em 2006 pelo historiador Maurílio de Abreu Monteiro,professor do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará(UFPA), mostram que o desmatamento não-autorizado fornece 57,5% da madeiraque alimenta os fornos das carvoarias. 1311 Ribamar Ribeiro Junior. Distrito Florestal de Carajás: Engodo do Governo <strong>para</strong> satisfazer Guseiros eMadeireiros!!!, 17/05/07. www.rIbamarribeirojunior.blogspot.com.12 André Campos. Carvão irregular gera R$ 150 milhões em multas a siderúrgicas. Repórter Brasil, 24/04/07.13 Paula Scheidt. Desmatamento ilegal fornece quase 60% da matéria-prima de siderúrgicas.Carbono Brasil, 05/08/07.77

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