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Lenha nova para a velha fornalha

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PAPEL, CELULOSE E CARVÃO VEGETAL“Além disso, em decorrência dos ciclos acelerados de crescimento dos plantios– entre 5 e 7 anos –, estabelece-se um regime de águas profundamentealterado em com<strong>para</strong>ção com as condições naturais. Alguns moradoresentrevistados em 2004 nos municípios de Curvelo e Felixlândia confirmarama disponibilidade súbita de muita água após o corte raso de plantios próximosàs veredas. Porém, em função das altas cargas de sólidos em suspensãoe de agroquímicos oriundos dos solos descobertos nas áreas desmatadas, aágua era inadequada <strong>para</strong> o uso doméstico. Assim, pode-se constatar queas plantações de eucalipto causam alterações significativas, incluindo áreasalém dos seus limites.” (Laschefski e Assis, 2006)As plantações de eucalipto e pinus, desenvolvidas em grandes áreas de monocultivo,são altamente dependentes de agroquímicos. Como em qualquer outra monocultura,a contaminação dos solos e da água superficial e subterrânea não pode serevitada, mesmo quando os produtos químicos são aplicados de forma controlada.A produção de papel e celulose gera também impactos indiretos, destacando-seo elevado consumo de energia. Segundo Célio Bermann (2004), o setor de papel ecelulose foi responsável, no ano 2000, por 8% do consumo industrial e 3,5% doconsumo total de energia do país.Carvão vegetalOs últimos dados divulgados pelo IBGE sobre a produção brasileira de carvão elenha, em dezembro de 2007, dizem respeito ao ano de 2006. Neste, a produçãode carvão da silvicultura aumentou 3,3%, alcançando 2,6 milhões de toneladas.O carvão oriundo do extrativismo apresentou declínio de 15,7% (2,5 milhões de t),revertendo a tendência de crescimento observada desde 1998. No total, a produçãode carvão vegetal somou 5,1 milhões de toneladas, 6,9% menor que a de 2005.(IBGE, 2007)Em 2006, os principais estados produtores de carvão vegetal de florestas artificiaisforam Minas Gerais (75,7%), Maranhão (9,8%), Bahia (3,1%), São Paulo (2,9%),e Mato Grosso do Sul (2,8%). Buritizeiro, em Minas Gerais, com 446,8 mil t, respondeupor 8,7% do total produzido no país. Para o carvão vegetal obtido com materiallenhoso da extração vegetal, Mato Grosso do Sul (24,0%), Maranhão (19,0%), Bahia(14,5%), Goiás (11,4%), Minas Gerais (10,5%) e Pará (8,6%) são os maiores produtoresnacionais.Foram produzidos 36 milhões de m³ de lenha de florestas artificiais e 45,2 36milhões de m³ de lenha oriunda do extrativismo vegetal. No total, 81,2 milhões dem³ de lenha, ou 0,4% a mais que em 2005. Para lenha de florestas artificiais, osprincipais estados produtores foram o Rio Grande do Sul (37,1%), São Paulo (19,9%),Santa Catarina (13,7%), Paraná (13,6%) e Minas Gerais (7,2%). Os maiores municípiosprodutores de lenha foram os gaúchos Butiá (800 mil m³), Taquari (764 mil m³)e Santa Cruz do Sul (752,8 mil m³).71

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