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Lenha nova para a velha fornalha

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SOJA E BIODIESELSegundo Marcelo Duarte, diretor-executivo da Aprosoja, a saída de produtoresde médio porte da atividade se deve à sua menor capacidade de suportar ascrises provocadas por baixas no preço do produto e pela desvalorização do dólar,agravadas por problemas de logística, como o do transporte. Ele acredita que,apesar do alto nível de endividamento agrícola no estado – próximo de R$ 10 bilhõesem 2007 – a área plantada de soja não será reduzida. “Isto porque os grandesgrupos agropecuários, que têm vantagens logísticas e de aquisição de insumos, pormovimentarem grandes volumes, vão continuar arrendando áreas dos produtoresde menor porte, que estão endividados e não vislumbram recuperação diante doatual nível de rentabilidade oferecido pela cultura de grãos”, diz.O produtor de soja e presidente do Sindicato Rural de Primavera do Leste,José Nardes, foi um dos que arrendaram por dez anos duas de suas três terras, cadauma com cerca de 2 mil hectares, <strong>para</strong> um grande produtor da região. Segundoele, isso aconteceu com seus vizinhos e com a grande maioria dos produtores demédio porte do município, considerado um dos maiores produtores de grãos doestado. “Além das dívidas contraídas, a renda do produtor caiu pela metade”,lamenta Nardes. 6O Programa Nacional do BiodieselO Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, além de buscar uma alternativaaos combustíveis fósseis, foi lançado com o objetivo de incentivar a agriculturafamiliar como fornecedora de matérias-primas. O governo lançou um selo social egarantiu desoneração tributária <strong>para</strong> as usinas que comprarem estas matériasprimasdos pequenos produtores. No aspecto da balança comercial, o programavisa reduzir o dispêndio de divisas com o óleo diesel, que respondia em 2007 por56% do consumo nacional de combustíveis líquidos. (Vieira, 2007)O consumo interno de óleo diesel no Brasil foi, em 2007 da ordem de 42bilhões de litros por ano, sendo 80% utilizados em transportes, 16% consumidospela agricultura e 4% pela indústria e outros setores. Para atendimento dademanda nacional, abastecendo uma frota de 2,3 milhões de caminhões, ônibuse picapes, o Brasil importa de 6% a 8% do diesel consumido internamente – 2,5a 3,4 bilhões de litros por ano. A mistura de biodiesel na proporção de 2% (B2),obrigatória a partir do início de 2008, requereu a oferta anual de 840 milhões delitros <strong>para</strong> abastecer o mercado interno (Rodrigues, 2007). A produção necessáriaà mistura B3 – correspondente a 3% de biodiesel, volume a ser adicionado aoóleo diesel na segunda fase do Programa, a partir de julho de 2008 – é da ordem de1,68 milhões de litros/ano.6 Área avança, mas com concentração. Gazeta Mercantil, 15/06/07. Disponível em www.truman.com.br.43

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