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Revista HUGV 2011 n.1 - Hospital Universitário Getúlio Vargas - Ufam

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Lopes et alestão preparadas para isso. A lesão medulartorna pessoas “normais” em “deficientes”,vulneráveis à discriminação social e a umavariedade de barreiras ambientais, passama ser sujeitos dos preconceitos da sociedadecom relação à pessoa com deficiência.Arriscamos afirmar que uma lesãomedular pode ser um dos traumatismos maissérios a que uma pessoa pode sobreviver.Uma pessoa, frequentemente ativa, numdeterminado momento pode andar, correr,nadar, jogar futebol, dirigir, e num outromomento é incapaz de mover seus braçose suas pernas. Após alguns dias ou semanasencontra-se paralisada, com incontinência,imóvel, dependente e isolada. 2A pessoa com lesão medular éproporcionado menos estima e menosstatus. São frequentemente vistos comodependentes, por conta da desvalorizaçãoe o estereótipo relacionados à deficiência.As pessoas tendem a evitar contato, ou seja,isolar-se. 3Apesar da magnitude e da extensão doproblema que a lesão pode causar, muitoslesados são capazes de ajustar-se a essa novacondição. Para algumas pessoas, uma lesãodefinitivamente resulta em crescimentopsicológico. Outras não se recuperampsicologicamente da perda. O resultadodepende particularmente do indivíduo edo suporte psicológico que ele recebe. Aosuperar a fase de choque, o indivíduo deveser capacitado, estimulado a reativar-se,autossuperar-se e a reassumir suas funções.Para que a pessoa com uma lesãomedular possa adquirir uma independênciafuncional 2 é necessário que ela adquira oconhecimento da funcionalidade do seu corpoapós a lesão. Outras habilidades envolvidas naindependência funcional incluem habilidadesem resolver problemas e de sociabilização. Umterceiro, mas não menos importante aspectopara obter autonomia, é ter uma atitude deindependência. O desenvolvimento de umaperspectiva de independência, no entanto, émais problemático.Uma variedade de fatores pode causaruma resistência inicial ou uma inabilidadepara participar ativamente no processode reabilitação. Muitas pessoas com lesãomedular aprendem a ser dependentes. Muitasse sentem incapazes de tomar conta de si porconta dos seus conhecimentos preconceituosossobre pessoas com deficiência. Outras podemsimplesmente sentir-se oprimidas. Outrospodem ser passivos e dependentes da suadeficiência.A conquista da autonomia e daindependência é uma característica dacidadania; tal ação possui relação direta como bem-estar do indivíduo e o meio em queele está inserido. Muitas vezes o deficienteé visto pela sociedade pela sua deficiênciae não pelas suas potencialidades, pois nãotem oportunidade de mostrá-las, haja vistaas dificuldades em interagir fisicamentecom as outras pessoas. Os deficientesvêm buscando desmistificar a imagemsocial que constantemente lhes é imposta.A eliminação de barreiras sociais podecontribuir para que sejam equiparadas asoportunidades possibilitando sua autonomiae independência. 4Inúmeros fatores contribuem parao aumento dos casos de lesão medular.As pessoas afetadas por essa deficiênciatornam-se incapazes de cuidar de si próprias,na maioria das vezes têm perda parcial outotal dos movimentos e da sensibilidade,o que afeta a sua autoestima e o estilo devida. A pessoa acometida da lesão medularnecessita de meios para reabilitar-se à suanova condição de vida, de forma a melhorar aqualidade de vida e de inclusão na sociedade. 5Os problemas enfrentados pelosdeficientes, em especial os de lesãomedular, que perdem parte ou totalmenteos movimentos, causam a sensação deincapacidade, pois ficam impossibilitados derealizar as ações consideradas normais. Odeficiente passa a depender de outras pessoas15revistahugv - <strong>Revista</strong> do <strong>Hospital</strong> Universitário Getúlio <strong>Vargas</strong>v.10. n. 1-2 jan./jul. – <strong>2011</strong>

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