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Revista HUGV 2011 n.1 - Hospital Universitário Getúlio Vargas - Ufam

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PERFIS SOCIOCOMPORTAMENTAIS DOS USUÁRIOS DO CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO – CTAEM DST/AIDS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS DA CIDADE DE MANAUS-AMcom relações sexuais regulares. 12 Os dadosencontrados mostram que a constância nasrelações sexuais ainda é uma característicapara mais da metade dos usuários.Neste estudo foi observado que o usodo preservativo no grupo com parceiro fixonão é uma prática incorporada no cotidianodas pessoas, justificada por várias razões.Entretanto, um dos principais motivosapontados para o não uso do preservativo foia confiança no seu parceiro, principalmenteentre as mulheres. Essa “confiança noparceiro” é a maior fonte de resistência àprevenção, levando, na maioria das vezes,a achar que o parceiro não oferece nenhumrisco, uma vez que tem a certeza da solidezdo relacionamento.Outro dado interessante é a proporçãode mulheres que referiram o não uso depreservativos pela recusa do parceiro emaceitar. Em menor proporção, elas relataramque não gostam do uso do preservativo.Frequentemente, o comportamento femininoainda se encontra vinculado à subalternidadena relação da mulher com o homem, umavez que confiam no parceiro, aceitam asimposições dele e, ainda, compartilham danão vontade de usar o preservativo.O Relatório do Fundo das Nações Unidaspara a população destaca que as normasde gênero limitam o poder de negociaçãodas mulheres e, consequentemente, a suaproteção efetiva durante os relacionamentossexuais, tornando-as mais susceptíveisàs DST/Aids. 13 Segundo Griep et. al., 10 ascondições sociais põem os homens comoresponsáveis pela administração dos riscosnas questões sexuais e às mulheres, emgeral, cabe corresponder, com passividade,as investidas e desejos masculinos.A frequência do uso do preservativoaumenta quando as relações sexuaisacontecem com parceiros casuais. O não usode preservativos com parceiros eventuais émenos frequente quando comparado com osindivíduos que possuem parceiros estáveis.Ao se realizar uma eventual associação entreo uso do preservativo e o tipo de parceirossexuais (estáveis e eventuais), nota-se que otipo de parceiro é um grande preditor quantoà exposição às DST/Aids.O motivo para o não uso do preservativofoi o simples fato de não gostar de usar opreservativo. Outro motivo destacado foi ode não dispor no momento da relação sexual,supondo que o relacionamento com parceiroseventuais ocorre mais frequentemente semplanejamento, levando a uma exposição derisco maior. No entanto, o fato de usar opreservativo está ligado com o autocuidadoe a importância da prevenção, posto queaqueles que estão convictos da necessidadede se proteger costumam carregar consigo opreservativo de forma constante, evitando,desse modo, transtornos futuros.ConclusãoO reconhecimento de que o aconselhamentoé uma das estratégias mais importantes na lutacontra a transmissão das doenças sexualmentetransmissíveis, principalmente a Aids, na medidaem que fornece orientações sobre os riscos deinfecção, a necessidade de diagnóstico precocee prevenção dessas doenças, aumenta-se, cadavez mais, o número de pessoas que procuramo atendimento nos Centros de Testagem eAconselhamento – CTA em DST/Aids.Por meio das ações desses centrospode-se monitorar o status sorológico, operfil dos indivíduos infectados, bem comodas características da clientela atendidaadaptada à realidade local. Portanto, aidentificação do perfil dos usuários desseserviço é importante para que de fatose alcancem os objetivos na prevenção econtrole das DST/Aids.32revistahugv - <strong>Revista</strong> do <strong>Hospital</strong> Universitário Getúlio <strong>Vargas</strong>v.10. n. 1-2 jan./jul. – <strong>2011</strong>

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