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O Verdadeiro Poder Vicente Falconi

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A questão da identificação correta do problema pode ser simples em alguns<br />

casos e muito “difícil em outros. Talvez a palavra difícil não seja<br />

apropriada; pode ser sutil talvez. No entanto, a identificação correta do<br />

problema jogará recursos humanos, materiais e financeiros na direção<br />

certa. Afinal esta é a principal função de um Diretor que, como o próprio<br />

nome do cargo diz, é “aquele que dá a direção”. A direção é dada pela<br />

identificação correta do problema!<br />

Na área pública ocorre o mesmo fato. Certa vez<br />

assisti na televisão à entrevista de um Ministro da<br />

Educação recém-empossado. Ele estava, na<br />

entrevista, “criando” vários “programas”. Um deles<br />

era o uniforme escolar para todas as crianças de<br />

escolas públicas. Fiquei pensando: “qual será o<br />

problema que este Ministro está atacando?”<br />

Você sai da reunião da diretoria onde o diretor de vendas mostrou um<br />

aumento da demanda e a incapacidade da empresa de atendê-la, ameaçando<br />

uma perda de market share. Qual o problema real da empresa neste<br />

momento? O problema atual é “falta de capacidade de produção”? Se você<br />

identifica o problema desta maneira, a linha de sua solução fica<br />

determinada, ou seja, sua empresa acabará por instalar uma nova linha de<br />

produção. Geralmente, quando a palavra “falta” é utilizada para descrever<br />

um problema, esta definição está errada.<br />

Por outro lado, se o problema é identificado como “incapacidade de<br />

atendimento da demanda de vendas” muitas causas poderão lhe ocorrer:<br />

excesso de produtos fora de especificação, falta de matéria-prima, excesso<br />

de quebras do equipamento principal, frequentes quedas de energia,<br />

presença de gargalo em linha de produção, entre outros. Neste caso a<br />

melhor atitude é fazer uma análise das informações para que se possa ter<br />

um quadro claro da situação e tomar as decisões certas.<br />

Do ponto de vista do pensamento sistêmico, os problemas correspondem a<br />

“perda de função” de um sistema, ou seja, ele deixou de cumprir a(s)<br />

função(ões) para a(s) qual(is) foi projetado. Do ponto de vista gerencial, os<br />

problemas são indicadores gerenciais cujo valor não é desejado (problema é<br />

um resultado indesejado “meu custo é o melhor do mundo, mas eu estou<br />

achando que ainda dá para cair mais, então eu tenho um problema!”).<br />

Um administrador deve sempre se perguntar: “Quais as finalidades do<br />

sistema que gerencio?” Lembre-se que as verdadeiras finalidades estão<br />

sempre ligadas aos stakeholders, em especial aos Clientes (internos ou<br />

externos), uma vez atendido o desempenho financeiro. O não atendimento<br />

destas finalidades estabelece os verdadeiros problemas.

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