Saberes Necessarios para uma Educação Inclusiva
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1). Uma metodologia que tem como base a<br />
realidade que deve ser observada, <strong>para</strong> retirar<br />
pontos chaves; leituras teóricas que, no<br />
nosso contexto, foram feitas pela professora<br />
e repassada aos estudantes; elaboração de<br />
hipóteses de solução; e, por fim, a aplicação<br />
na realidade.<br />
Proposta de Maguerez<br />
Método de Arco<br />
Pontos Chaves<br />
Observação da<br />
realidade (problema)<br />
Teorização<br />
Hipóteses de Solução<br />
Aplicação à realidade<br />
(prática)<br />
REALIDADE<br />
Figura 1 – Dinâmica do Método de Maguerez<br />
Fonte: Unifesp didática (2014).<br />
Com o intuito de apresentar a relevância<br />
dessa metodologia, cito Colombo e Berbel:<br />
Berbel (1995, 1998 entre outros), defensora<br />
da Metodologia da Problematização,<br />
a propôs inicialmente como um<br />
caminho de ensino e mais recentemente<br />
como de pesquisa, como um processo<br />
rico, porém complexo, demandando<br />
esforços pelos que a desenvolvem, no<br />
sentido de seguir as cinco etapas do<br />
Arco de Maguerez e alcançar os resultados<br />
que suas características prometem<br />
como potencial educativo. (COLOMBO;<br />
BERBEL, 2006, p. 3355).<br />
O desenvolvimento do projeto<br />
Os conteúdos escolhidos <strong>para</strong> serem relacionados<br />
aos direitos H<strong>uma</strong>nos foram: 8o ano<br />
- “Revolução Francesa”, a “Declaração dos<br />
Direitos do Homem” e “A sociedade no Brasil<br />
Colonial” com a “Missão Francesa”. Para o<br />
9o ano, foram: as “1ª e 2ª Guerras Mundiais”<br />
e a “ONU com a Declaração Universal dos<br />
Direitos do Homem”, aprovada no dia 10 de<br />
dezembro de 1948. O foco foi a diversidade<br />
étnico-racial e de gênero. Assim sendo, a<br />
proposta foi de analisar a realidade em que<br />
o estudante está inserido, destacar alguns<br />
pontos <strong>para</strong> estudo, que foram as questões<br />
de diversidade étnico-raciais e de gênero.<br />
Posteriormente, entraram as pesquisas feitas<br />
pelos estudantes e pela professora (neste<br />
último caso, com explicações em sala sobre<br />
suas leituras. Os estudantes expuseram<br />
suas pesquisas em forma de seminários dirigidos<br />
pela professora estilo roda de conversa).<br />
Criamos hipóteses sobre os problemas<br />
sociais e, por fim, houve a elaboração de<br />
ações <strong>para</strong> haver mudança da realidade.<br />
Em 2015, com os alunos das turmas do 8o<br />
ano, foi desenvolvida <strong>uma</strong> aula expositiva<br />
dialogada sobre Revolução Francesa, pesquisa<br />
sobre direitos h<strong>uma</strong>nos, aula com vídeos<br />
(“Era <strong>uma</strong> vez outra Maria” e “Minha<br />
vida de João”). Diálogos sobre sexualidade<br />
e relato da história de Arthur, um menino<br />
transgênero brasileiro. Por fim, houve a elaboração<br />
de cartazes sobre Direitos H<strong>uma</strong>nos<br />
e a sua importância <strong>para</strong> <strong>uma</strong> vida em<br />
sociedade sem intolerâncias. O objetivo era<br />
informar os membros da escola sobre esses<br />
direitos e instigar a curiosidade pelo tema.<br />
Para falar sobre as questões étnico<br />
-raciais, foi escolhido o conteúdo sobre o<br />
Brasil Colonial. Trabalhamos com a leitura<br />
do livro Casa Grande e Senzala – utilizamos<br />
citações do livro. Houve <strong>uma</strong> aula expositiva<br />
dialogada sobre a sociedade colonial e suas<br />
características, imagens sobre a arquitetura<br />
do período, destacando a casa grande, a<br />
senzala, o engenho e a igreja. Telas da Missão<br />
Francesa foram usadas nas aulas <strong>para</strong><br />
explicar a vida em sociedade, modo de vida,<br />
vestimentas, alimentação, contribuições dos<br />
africanos em conhecimentos de culinária,<br />
medicina, dança, música, rituais religiosos,<br />
entre outros. Alg<strong>uma</strong>s das telas de Debret e<br />
Rugendas foram expostas na Kizomba com<br />
explicações feitas pelos estudantes. Junto a<br />
essas telas, foram expostas também maquetes<br />
elaboradas pelos estudantes com o tema<br />
Sociedade no Brasil Colonial. O foco foi mostrar<br />
a contribuição do africano na construção<br />
arquitetônica brasileira: Construção de<br />
Igrejas, casas coloniais (casa grande), casa<br />
de câmara e cadeia, estradas e senzalas.<br />
Para dar continuidade ao estudo sobre a<br />
contribuição do africano na formação cultural<br />
do Brasil, foi elaborado um estudo sobre<br />
Cíntia Aparecida da Silva<br />
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