Saberes Necessarios para uma Educação Inclusiva

to, que é necessária firme determinação para que
a diversidade cultural brasileira passe a integrar
o ideário educacional. Não como um problema,
mas como um rico acervo de valores, posturas e
práticas que devem conduzir ao melhor acolhimento
e maior valorização dessa diversidade no
ambiente escolar.
Salientamos a Lei 10.639/03, de 9 de janeiro de 2003,
que simboliza um marco histórico, tornando-se
simultaneamente um ponto de chegada das lutas
antirracistas no Brasil e um ponto de partida
para a renovação da qualidade social da educação
brasileira. Ciente desses desafios, o Conselho
Nacional de Educação, já em 2004, dedicou-se
ao tema, em diálogo com reivindicações históricas
dos movimentos sociais, em especial do movimento
negro, elaborou um parecer e exarou resolução,
homologada pelo Ministro da Educação,
no sentido de orientar os sistemas de ensino e
as instituições dedicadas à educação, para que
dediquem cuidadosa atenção à incorporação da
diversidade da sociedade brasileira nas práticas
escolares.
Na segunda sessão desta publicação apresentamos
relatos da Educação Especial, modalidade
que constituiu elemento marcante na constituição
de políticas públicas promotoras de uma
educação de qualidade. Políticas instituídas para
atender a necessidade histórica da educação brasileira
em promover as condições de acesso, participação
e aprendizagem aos estudantes com deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento
e altas habilidades superdotação. Tais propostas
ocorrem por meio de diferentes serviços como:
Atendimento Educacional Especializado nas salas
de recurso multifuncionais; Interpretação em
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS; Apoio nas
Atividades de Vida Diária (AVD’s); Atendimento
Especializado; e outras que promovam a acessibilidade
das práticas pedagógicas.
Estas ações são estruturadas numa concepção
que merece destaque, intituladas de educação
inclusiva. São atividades de apoio à escola comum,
no cumprimento de sua função social que
é o acesso à educação enquanto direito de todos.
Tais ações visam a constituição de sistemas de
ensino mais inclusivos, que se caracteriza em propostas
pedagógicas que valorizem as diferenças
e eliminem barreiras.
Assim, os relatos aqui apresentados tem essa
pretensão de “propor um diálogo entre conhecimentos
de educadores e sua prática” apontando
para alternativas na construção de práticas mais
inclusivas, comprometidas com mudanças, e com
o princípio de democracia, que rejeita qualquer
forma de discriminação, dominação e integra
uma atitude de inovação e renovação na crença
de que é possível transformar.