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Saberes Necessarios para uma Educação Inclusiva

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cia. As diferenças definidas por agrupamentos<br />

constituídos pela semelhança de um ou mais<br />

atributos tendem a se tornarem permanentes,<br />

reificadas descartando o caráter mutante da<br />

diferença e sua capacidade de escapar a toda<br />

convenção possível. (MANTOAN, 2013, p. 2).<br />

É comum chegarem até mim casos em que <strong>uma</strong><br />

criança, um jovem é barrado no acesso à escola,<br />

em razão de sua diferença. O fato é que as<br />

pessoas não se reduzem a modelos prontos e<br />

produzidos pela dificuldade de lidarmos com diferenças,<br />

mas exige tratar as pessoas igualmente,<br />

independentemente de suas especificidades,<br />

sem excluí-las! Nesse processo, são fundamentais<br />

ações que favoreçam o conhecimento sobre<br />

as diferenças encontradas no contexto escolar e<br />

que proponham aproximar alunos, independentemente<br />

de suas diferenças.<br />

Incluir o aluno, dentro e fora das escolas, na<br />

comunidade em geral, implica na quebra de<br />

barreiras físicas, atitudinais, comunicacionais,<br />

que impedem alg<strong>uma</strong>s pessoas em certas situações<br />

e circunstâncias de conviverem, de estarem<br />

com os outros, de participarem, compartilhando<br />

com os demais da vida social, escolar,<br />

familiar, como sujeitos de direito e de deveres<br />

comuns a todos.<br />

Assim sendo, este provejo teve como objetivo<br />

geral propor esclarecimentos sobre as principais<br />

deficiências encontradas no contexto<br />

escolar e aproximar alunos com e sem deficiências.<br />

Para alcançar esse objetivo, os seguintes<br />

objetivos específicos foram traçados:<br />

• Analisar como se dá o processo da inclusão<br />

de alunos com deficiência na sociedade<br />

por meio da nossa unidade escolar.<br />

• Propor esclarecimentos sobre deficiências<br />

de educandos inseridos na unidade<br />

escolar.<br />

• Definir a importância da inclusão na escola<br />

regular.<br />

• Respeitar os limites dos alunos com deficiência.<br />

O início de <strong>uma</strong> história<br />

Na semana da pessoa com deficiência na escola<br />

onde trabalhamos, estabelecemos um<br />

cronograma de filmes e palestras <strong>para</strong> falar<br />

sobre alguns tipos de deficiência mais comuns,<br />

como: a deficiência física, intelectual,<br />

cegueira bilateral. Abordamos, também, temas<br />

como a epilepsia decorrente do vírus da<br />

toxoplasmose, Autismo e também surdez em<br />

proveniência de meningite, <strong>para</strong> conscientizar<br />

também sobre a importância da prevenção<br />

em alguns casos.<br />

Estabelecemos um cronograma na unidade<br />

escolar <strong>para</strong> que durante essa semana,<br />

no período das três primeiras aulas do dia,<br />

pudéssemos realizar esse trabalho de conscientização.<br />

O trabalho atingiu alunos desde<br />

a pré-escola até o 9°ano. Inicialmente, apresentamos<br />

aos alunos o filme A história de<br />

Hellen Keller, que relata como <strong>uma</strong> professora<br />

conseguiu romper o isolamento imposto<br />

pelos padrões sociais diante da quase total<br />

falta de comunicação, de <strong>uma</strong> aluna com deficiência<br />

auditiva. Nesse momento, foi possível<br />

esclarecer suas causas e consequências.<br />

Logo após, foi apresentado o curta metragem<br />

Cordas/Cuerdas, que apresenta outra<br />

história de um aluno com Paralisia Cerebral<br />

e todo o esforço de <strong>uma</strong> colega da escola<br />

<strong>para</strong> incluí-lo nas atividades do dia a dia.<br />

Esse momento também nos possibilitou observar<br />

o processo de aproximação do aluno<br />

com e sem deficiências e ficou evidente em<br />

todas as sessões que houve bastante comoção,<br />

tantos dos pequenos quanto dos adolescentes.<br />

Na sequência, o espaço estava destinado a<br />

promover a conversa entre os alunos com e<br />

sem deficiência. Esse momento fortaleceu<br />

um aspecto pretendido no projeto no intuito<br />

de aproximar os estudantes, e foi possível<br />

perceber a possibilidade “de se iniciar <strong>uma</strong><br />

amizade”, mesmo que alguns alunos não<br />

se aproximassem devido ao sentimento de<br />

medo, por não saber o que fazer ou que falar<br />

diante dessa pessoa, considerada por ele<br />

“diferente”. Isso foi se diluindo na interação<br />

dos grupos.<br />

A inclusão de alunos com deficiência vem<br />

mobilizando tanto a sociedade quanto a<br />

comunidade escolar frente ao desafio de<br />

propor este novo modelo de escola, em que<br />

todos os alunos sejam incluídos em todos<br />

os contextos, desde os mais complexos aos<br />

mais simples como se relacionar com o próximo.<br />

Esse movimento faz com que a escola<br />

52 A inclusão do aluno com deficiência no Ensino Fundamental dos anos iniciais

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