Saberes Necessarios para uma Educação Inclusiva
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fantasia e a imaginação são elementos<br />
fundamentais <strong>para</strong> que a criança aprenda<br />
mais sobre a relação entre pessoas.<br />
(BRASIL, 1998, p. 22).<br />
O processo <strong>para</strong> o desenvolvimento foi lento,<br />
em alguns momentos precisei respeitar<br />
seu ritmo, interesse, procurando sempre<br />
oferecer o melhor <strong>para</strong> atender suas necessidades.<br />
Em <strong>uma</strong> linda manhã, o educando<br />
caminhou sozinho pela primeira vez no parque,<br />
resultado de vários estímulos. Foi gratificante<br />
ver a alegria da nova descoberta no<br />
mundo Down do meu educando.<br />
Dessa forma, quanto mais estímulos o aluno<br />
recebia, maior a confiança de continuar<br />
prosseguindo. No segundo semestre, despertou<br />
o interesse de brincar no parque,<br />
imitando seus amigos a subir e a descer no<br />
escorregador. No início, com muitas dificuldades<br />
e com meu auxílio, a criança subia e,<br />
ao descer, ela sentava <strong>para</strong> depois escorregar.<br />
Sempre havia um amigo <strong>para</strong> segurá-la<br />
e fazer a festa na descida. Foram várias tentativas<br />
durante uns três meses, mas, com<br />
insistência do aluno, ele conseguiu subir as<br />
escadas e soltar as mãos, escorregando de<br />
barriga <strong>para</strong> baixo. No início do ano letivo,<br />
o aluno continuava brincando no escorregador,<br />
mas, logo após um mês, ele se sentou<br />
e desceu o escorregador. Atualmente o educando<br />
brinca no parque com independência,<br />
interagindo com os demais do grupo, jogando<br />
futebol no gramado, por exemplo.<br />
No decorrer do ano, durante o projeto, no<br />
momento de utilizar a massa de modelar e a<br />
tinta guache, sempre ao lado dele, o estimulava<br />
de forma lúdica, fazendo ter confiança,<br />
curiosidade e prazer ao manusear o material,<br />
sentir a textura, observar as cores com<br />
o objetivo de realizar a atividade proposta<br />
naquele dia. Hoje o educando já manuseia<br />
com facilidade, chegando ao proposto com<br />
independência e autonomia expressando-se<br />
com prazer.<br />
Inicialmente, o aluno não se alimentava sozinho,<br />
não segurava os talheres e não aceitava<br />
a degustação. Durante o processo, com bastante<br />
calma, já que alimentação precisa ser<br />
prazerosa, eu o auxiliava, esperando sua vez<br />
na fila, se servindo no buffet e alimentandose<br />
com autonomia, muitas vezes repetindo<br />
as refeições.<br />
A convivência com o grupo e a socialização<br />
no começo do ano letivo fez com que a parceria<br />
escola e família fossem trabalhando<br />
sua independência e autonomia <strong>para</strong> o desfralde,<br />
já que o aluno ainda usava fraldas. A<br />
Incluí-lo nos momentos da música, da dança<br />
e da expressão corporal demonstrou alg<strong>uma</strong>s<br />
vezes timidez, mas, aos poucos, a criança<br />
foi socializando e expressando-se. Foi assim,<br />
então, que o meu aluno participou do<br />
momento cultural. Ele apresentou ao CEI e<br />
aos pais a música do nome do grupo Abelha.<br />
Seu desenvolvimento tem sido produtivo.<br />
Ele ainda apresenta dificuldades em relacionar-se<br />
com alguns tipos de materiais, como,<br />
por exemplo: a massa de modelar e a tinta<br />
guache, sentindo um pouco de receio ao<br />
manuseá-los.<br />
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Novas descobertas no mundo Down