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Saberes Necessarios para uma Educação Inclusiva

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• Destacar limitações decorrentes das diversas<br />

deficiências.<br />

• Identificar novos caminhos e soluções<br />

<strong>para</strong> as limitações encontradas nas atividades<br />

desenvolvidas.<br />

• Valorizar o outro nas suas diferenças.<br />

• Reconhecer a necessidade de ser ajudado<br />

em atividades cotidianas.<br />

• Refletir sobre os diferentes caminhos encontrados<br />

<strong>para</strong> a superação dos desafios<br />

das diversas deficiências.<br />

• Mãos à obra: oficinas de vivências - é<br />

sentindo que se aprende<br />

Quando somos privados de utilizar nossos<br />

sentidos e enfrentamos na prática atividades<br />

do dia a dia, percebemos as várias barreiras<br />

encontradas por aqueles que vivenciam<br />

sempre essa privação. Essa experiência favorece<br />

o processo de nos colocarmos no lugar<br />

do outro e “sentir na pele” as limitações<br />

vivenciadas no dia a dia. Partindo dessa lógica,<br />

planejamos a estrutura de atividades<br />

que aconteceu em <strong>uma</strong> sala de vivências<br />

<strong>para</strong> alunos de 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental,<br />

de <strong>uma</strong> unidade escolar da Rede<br />

Municipal de Ensino de Itajaí.<br />

Nesse espaço, os alunos puderam experimentar<br />

atividades diferenciadas, vivenciando<br />

a utilização de outras habilidades, como:<br />

tato e sensações (deficiência visual); tarefas<br />

de mobilidade (deficiência física), e outras.<br />

O foco foi desenvolver a percepção de<br />

potencialidade existente nas deficiências,<br />

desconstruindo alguns conceitos errôneos<br />

sobre capacidades e limitações, bem como<br />

promover a reflexão sobre a forma de auxiliar<br />

os colegas quando necessário, respeitando-os<br />

da forma como são.<br />

Tendo em vista que, na maioria das turmas,<br />

estudam alunos com diferentes deficiências<br />

e também com sérias dificuldades de<br />

aprendizagem e problemas de relacionamentos<br />

entre colegas de classe, as atividades<br />

também visaram o desenvolvimento<br />

dessas habilidades, abrangendo a todos no<br />

trabalho de questões como respeito mútuo,<br />

aceitação das individualidades e diferenças,<br />

compreensão de características físicas, culturais,<br />

sociais, percebendo que, quando nos<br />

colocamos no lugar do outro, atentamos a<br />

detalhes, limitações, dificuldades, capacida-<br />

des e passamos a entendê-lo sem julgamentos.<br />

Assim, temos a convicção de que as diferenças<br />

que existem nas escolas contribuem<br />

grandemente <strong>para</strong> o crescimento de todos.<br />

Assim sendo, propus-me a desenvolver um<br />

trabalho, aproveitando a Semana da pessoa<br />

com deficiência. Montei <strong>uma</strong> sala de vivências,<br />

contemplando alunos de 1º ao 4º ano<br />

do Ensino Fundamental, que puderam realizar<br />

as seguintes atividades:<br />

• Vivência 1: Com os olhos vendados, os<br />

alunos montaram <strong>uma</strong> carinha, encaixando<br />

olhos e boca nos seus devidos<br />

lugares. Primeiro, eles colocaram velcro<br />

nos olhos e na boca, e, depois, deveriam<br />

caminhar <strong>uma</strong> pequena distância, até o<br />

painel, e usar o tato <strong>para</strong> colar o velcro e<br />

compor corretamente o rosto do boneco<br />

ou da boneca.<br />

• Vivência 2: Ainda com os olhos vendados,<br />

os alunos deveriam experimentar alguns<br />

alimentos (como sal, vinagre, leite condensado,<br />

molho de tomate, açúcar, etc.).<br />

Após degustar cada alimento, eles deveriam<br />

dizer o que estavam comendo.<br />

• Vivência 3: De olhos vendados, os alunos<br />

passaram por diferentes texturas (como<br />

lã, lixa, areia, gelo, tecidos, etc.).<br />

• Vivência 4: Os alunos, com a mobilidade<br />

do braço afetada (braços imobilizados<br />

por <strong>uma</strong> tala adaptada), deveriam pintar<br />

seus desenhos com guache.<br />

• Vivência 5: Os alunos, com a mobilidade<br />

da perna afetada (pernas imobilizadas<br />

por <strong>uma</strong> tala adaptada), deveriam ser colocados<br />

deitados, de barriga. Logo após,<br />

eles foram convidados a ficar de pé e caminhar<br />

um pouco.<br />

Finalizadas todas essas experiências, foi feita<br />

<strong>uma</strong> roda de conversa <strong>para</strong> que todos pudessem<br />

falar o que sentiram, quais as sensações<br />

e os medos, o que foi mais fácil e o que<br />

foi mais difícil. Foram questionados: “Vocês<br />

gostaram ou não das atividades desenvolvidas?”,<br />

“O que puderam perceber com estas<br />

vivências?”, “Qual tipo de tratamento que os<br />

meus colegas, que são diferentes de mim,<br />

devem receber?”, “Quem sabia de que tipo<br />

de deficiência estávamos tratando?”. Ao final<br />

dessa etapa, muitos foram os questionamentos<br />

e as contribuições dos alunos.<br />

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Oficinas de vivências... é sentindo que se aprende!

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