Volume 1 - Robert Bresson - Via: Ed. Alápis

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Rafael Nantes é graduando em Audiovisual pela ECA-USP, participante da Oficina de Crítica autogerida por alunos do LAICA (Laboratório de Investigação e Crítica Audiovisual) e faz parte da equipe do CINUSP “Paulo Emílio”. Atualmente pesquisa acerca das possibilidades do desvio e do neutro na produção de vídeos. Jonathan Rosenbaum cresceu numa casa projetada por Frank Lloyd Wright em Florence, Alabama. Neto e filho de exibidores de filmes, começou a escrever críticas no começo dos anos 1970 e é autor de muitos livros, dentre eles: Moving Places: a life at the movies (1980), Greed (1991), Placing Movies: the practice of film criticism (1995), Movies as Politics (1997), Abbas Kiarostami (com Mehrnaz Saeed- Vafa, 2003), Essential Cinema: on the necessity of film canons (2004) e Goodbye Cinema, Hello Cinephilia (2010), inéditos no Brasil. Dalila Camargo Martins é graduanda em audiovisual pela ECA-USP e membro do Laboratório de Investigação e Crítica Audiovisual. Atualmente desenvolve iniciação científica sobre filmeensaio pela FAPESP. Também produz vídeos e videoinstalações que versam sobre a experiência da paisagem. Alain Bergala, crítico, ensaísta, roteirista e diretor francês, escreveu para a revista Cahiers du cinéma nos anos oitenta e publicou uma série de livros, dedicando boa parte de seu estudo a Jean-Luc Godard. Dirigiu seu primeiro longa-metragem (Faux fuyants) em 1983. Organizadores: Daniel Ifanger é graduando em Audiovisual pela ECA-USP e fez parte da equipe do CINUSP “Paulo Emílio” por dois anos. Recentemente finalizou o curta-metragem Leron mede os espaços, seu trabalho de conclusão de curso. Ricardo Miyada é graduando em Audiovisual pela ECA-USP e faz parte da equipe do CINUSP “Paulo Emílio”. Realiza curtas-metragens como diretor e diretor de fotografia e publica cotidianamente no blog literário elevado a três (elevadoatres.blogspot.com). 202
Filmografia Robert Bresson AFFAIRES PUBLIQUES França, 1934, 25’, PB Roteiro: Robert Bresson. Diálogos: Robert Bresson, André Josset e Paul Weill. Fotografia: Nicolas Toporkoff. Som: Georges Gérardot. Música: Jean Wiener. Produção: Arc-films. Elenco: o palhaço Béby, Andrée Servilanges, Marcel Dalio. Comédia burlesca estrelada por um exuberante ditador. LES ANGES DU PÉCHÉ (Os anjos do pecado) França, 1943, 100´, PB Roteiro: Robert Bresson, Jean Giraudoux e consultoria do reverendo Bruckberger. Diálogos: Jean Giraudoux. Fotografia: Phillippe Agostini. Som: René Louge. Montagem: Yvonne Martin. Música: Jean-Jacques Grünewald; Salve Regina cantada por Irène Joachim. Produção: Les films Roger Richebé. Elenco: Renée Faure, Jany Holt, Mila Parély. A jovem Anne-Marie acha que encontrou sua vocação quando entra para um convento como noviça. O convento é especializado na reabilitação de ex-prisioneiras, e Anne-Marie torna-se especialmente fascinada por Thérèse tentando convertê-la para que se redima de seus pecados, mas Thérèse alega ser inocente. 203
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Robert Bresson Coleção CINUSP Pr
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Apresentação Daniel Ifanger e Ric
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“Será porque o rouxinol canta se
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e de novos artigos escritos especia
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“Nada de atores. (Nada de direç
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do chamado “cinematógrafo” 4 .
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lança duas vezes seu olhar para ba
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personagens] vivem intensamente”
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“Achar mais natural que um gesto
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adjetivado como místico ou transce
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Estrutura elíptica: caminho e Reve
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Os gestos e as palavras não podem
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em Um condenado à morte escapou o
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este efeito de naturalismo e de doc
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Contudo, talvez seja justo dizer qu
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“A visão do movimento dá felici
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Tomé não acredita na ferida de Cr
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1. Um corpo qualquer A morte da Vir
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em off o que lhes acontece, como se
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2. As linhas da mão O realismo rig
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se o que fizeram as mãos de Joana.
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amarra todos seus filmes, enobrecen
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“Realizador ou diretor. Não se t
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ovelhas perdidas. Thérèse desprez
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os problemas de frente, com brandur
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salva. Como coloca Godard: “Ele p
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“Nada de música de acompanhament
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é um dos poucos diretores que cria
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seu comentário diz, “acredito qu
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Fotograma 02 Enquanto Fontaine paci
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Temas sonoros Já discutimos como u
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Uma vez que os prisioneiros depende
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Fotograma 06 Bresson evita planos l
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Voz Efeito Ação/Câmera Francês?
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em um tom amigável. Assim, a inter
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“Não corra atrás da poesia. Ela
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de “respeito” pelo desconhecido
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Aventura da matéria, cinema da ave
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A câmera está no nível do chão,
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Exorcismo: longa súplica da matér
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que tentamos entendê-las. Todo sis
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“Quem pode com o menos pode com o
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uns nos outros. Também foi necess
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quatro ovelhas? Bresson: Isso da im
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é algo tão perigoso quanto uma fa
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de uma locomotiva, por exemplo, pod
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Bresson: Sim, exatamente: ela é o
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no meio, eu paro, volto... e é só
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Bresson: Para mim, e eu volto nesse
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É pelo cinema - e eu diria, pelo c
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Bresson: Porque ele criou hábitos.
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Godard: Então, podemos destruí-lo
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Bresson: E a voz, então? Esse tom
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na época que começava a usar ator
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Bresson: Sim, ok, mas eu quero dize
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a você. É assim, é dessa forma q
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Bresson: E o que eu disse vai ainda
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elementos devem ser brutos. O cinem
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habituais, e que eu, do meu lado, p
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o encontramos em Balthazar) pode mu
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E talvez os olhares que o burro deu
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palhou ao redor do mundo), exploran
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posso fazer o filme apenas com a Fr
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logia é algo muito apriorística t
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“Não filmar para ilustrar uma te
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da cultura moderna que apenas ofere
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implicava um conceito de cinema que
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mais trivial gesto ou olhar, criand
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inserem o espectador na ação, ain
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indivíduo ocorre quando seguimos M
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humana, tentando-nos com detalhes e
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Nas próximas tomadas, o homem e Mo
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