Dezembro2016
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H<br />
averá vantagem nesta panóplia de<br />
presentes de uma só vez?A resposta é<br />
NÃO! As crianças sentem os<br />
presentes como recompensas, seja<br />
um só ou vários. O foco de quem oferece, deverá<br />
estar na qualidade da oferta, no sentido em que o<br />
presente deve ser ao gosto e ter significado para a<br />
criança. Havendo vários candidatos à oferta, então<br />
os pais (ou outros cuidadores) deverão reger-se<br />
como mediadores, quer para não criarmos as ditas<br />
montanhas de embrulhos mais altas do continente<br />
familiar, quer para que a criança possa ter os seus<br />
presentes mais significativos. A quantidade<br />
exagerada de presentes cria uma reação de alguma<br />
impulsividade (na abertura dos ditos embrulhos). O<br />
que se observa, em simultâneo, é a desvalorização<br />
perante a descoberta do brinquedo, pela dispersão<br />
da atenção. Isto é, são tantos que são abertos em<br />
catadupa, sem tempo para analisar, brincar, ver ou<br />
apreciar. Vão sendo encostados, na ânsia de abrir o<br />
próximo. No final, quando todos estão abertos,<br />
poucos serão importantes (e, às vezes, nenhum<br />
chega a ter verdadeira importância, porque a<br />
ansiedade tomou conta do momento sem chegar a<br />
dar lugar ao prazer). Se pudessemos ter acesso ao<br />
mundo emocional da criança, naquele preciso<br />
momento (como o filme DivertidaMente simboliza<br />
tão bem), a Alegria estaria perdida, porque o vazio<br />
se instala quando o excesso parece pretender<br />
preencher. (cont..)<br />
Dezembro CONCIENTE 11