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Dezembro2016

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DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

Tambem não está provado que quem fuma haxixe<br />

fica com uma dependência psicológica, nem nos<br />

compete assim aborda-la neste artigo. Mas<br />

parece-nos que quem a fuma por necessidade<br />

constante é porque tem uma dependência de<br />

cariz pesado, como quem diz, maníaco, para lidar<br />

com as suas frustrações e desilusões. O haxixe<br />

pode ser uma droga considerada pesada. Compreende-se,<br />

na falta desta, mesmo sem dependência,<br />

lê-se que ocorrencia violência, agressividade.<br />

Não será da frustração acumulada e não<br />

resolução constante, à semelhança de outras<br />

drogas, tais como o tabaco, o alcool, a cocaína ou<br />

a heroína. Procura de dinheiro e gentes que a<br />

venda rapidamente para rapidamente se voltar ao<br />

paraíso. Paraíso fugidio, maníaco e frenético.<br />

Mesmo que o haxixe seja de calmia, é uma fuga à<br />

realidade. controlada pois que é, porque não há<br />

dependência física que a ressaca de haxixe não<br />

seja tolerada. O haxixe e/ou a cannabis é um<br />

agente aluginógenico. A pessoa que fuma um<br />

charro com regularidade é uma pessoa que<br />

procura uma alucinação que subtitua a realidade.<br />

há uma excitação acompanhada pela deformação,<br />

distorção importante das sensações com ilusão.<br />

Afirmar que o individuo que consome haxixe é<br />

um drogado ou um toxicodependente talvez<br />

seja perigoso pela grande interrogação importante<br />

que regula os comunicados de autoridades<br />

na matéria, contudo dizer que não é,<br />

tambem não podemos dizer. A regularidade de<br />

criar uma alucinação que modifica o seu estado<br />

de humor e a percepção da realidade, faz essa dependência.<br />

Supterfugios psicológicos, com a ajuda<br />

da droga ou não, para se poder viver. É uma<br />

bengala, um apoio emocional. Não se é, mas fuma<br />

-se com regularidade. Não se é, mas bebe-se com<br />

regularidade. Existem várias teorias para explicar<br />

o consumo de haxixe e em mais especifico, o consumo<br />

de drogas. Desde teorias com base no comporamtneo<br />

desviante, com baixa na melhoria da<br />

auto-estima, com base nos afetos. Todas estas e<br />

mais as outras todas, falam de uma noção constante:<br />

a frustração e necessidade. Não da droga,<br />

mas da integração social, da facildade em lidar<br />

com as emoções e os afectos,necessidade de infringir<br />

regras, necessidade de sentir determinadas<br />

emocções. Frustração e necessidade fundamenta<br />

o seu uso, o uso de uma substancia que o/<br />

a remeta para a ilusão da realidade. Assim, sim,<br />

falamos de dependencia, mas é psicológica.Sem<br />

ser nosso objetivo abordar a toxicodependencia,<br />

parece-nos, contudo, importante, relembrar que<br />

quem consome haxixe, uma droga ilícita, em<br />

geral, são as pessoas. Por brincadeira ou por<br />

vício, ou hábito, a verdade é que os consumidores<br />

de haxixe são muitos. Há um desejo incontrolado<br />

em fumar um charro, em determinadas ocasiões:<br />

ou porque se consegue estudar melhor, ou porque<br />

o dia corre melhor, ou porque se pretende relaxar.<br />

Não há, de imediato, outras formas de avançar<br />

sobre a resolução das necessidades, em grande<br />

medida psicológicas por isso, ocorre o consumo.<br />

É hábito, contudo, uma necessidade. Pode ser<br />

pensado como um sintoma, um sinal de inadaptação<br />

do indivíduo, em primeiro lugar às<br />

normas gerais da sociedade mas tambem 'uma<br />

bengala' que colmata a sua falta. Uma bengala,<br />

um apoio, um suporte onde o recurso em falta a<br />

nível mental, surge por meio e a meio do indivíduo<br />

e do meio social, pessoal e/ou individual.<br />

Um meio, em especial, que pode abrir outros<br />

meios, mais pesados, mais dolorosos, que, assim,<br />

e só assim, o entendemos, nos permite diferenciar<br />

até onde a necessidade psíquica se encontra<br />

nos parâmetros ditos normativos e/ou coerentes,<br />

mesmo que tagenciais a outros mais limitrofes,<br />

ou vai além? Se outras portas, outras doses, outros<br />

meios se abrem, então entramos, com alguma<br />

certeza, ao nível da psicopatologia e não da psicologia.<br />

Essa perspetiva estará numa das próximas<br />

edições.<br />

26 CONSCIENTE Dezembro

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