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Revista Newslab Edição 176

Revista Newslab Edição 176 - Março 2023

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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Os sintomas dessa doença, que se<br />

manifestam de forma diferente em<br />

cada organismo, podem ser comuns<br />

- fadiga; febre; dores e articulações<br />

rígidas; mialgia; anemia; perda de<br />

cabelo; inchaço nas mãos e pés;<br />

olhos e boca secos, problemas<br />

gastrointestinais, renais, pulmonares<br />

e cardíacos; perda de peso;<br />

aumento de gânglios; complicações<br />

neurológicas; depressão; entre outros<br />

- ou característicos da doença, como:<br />

erupção cutânea em formato de<br />

borboleta na região das bochechas e<br />

nariz; sensibilidade ao sol e mudanças<br />

na pele - vasculite cutânea; feridas<br />

nasais e orais; fenômeno de Raynaud<br />

e urticária (DELLWO, 2022). Essas<br />

manifestações clínicas se alteram nos<br />

períodos ativos e nos de remissão da<br />

doença (CAVICCHIA et al., 2013).<br />

O diagnóstico da LES é considerado<br />

complexo, uma vez que o paciente<br />

precisa apresentar pelo menos<br />

4 sintomas para a identificação<br />

da doença, além de ser realizado<br />

através de uma avaliação clínica,<br />

juntamente com a análise da urina,<br />

exames de imagem, exames que<br />

avaliam o sistema imunológico e<br />

o hemograma - que procura uma<br />

baixa contagem de glóbulos brancos<br />

(MELO et al, 2016). Estes podem<br />

ser usados tanto para descartar o<br />

lúpus quanto para indicar a doença<br />

(OZERI, 2021). É fundamental<br />

realizar o diagnóstico o quanto<br />

antes para não ocorrererem<br />

problemas maiores, como<br />

insuficiência renal e até mesmo<br />

óbito (VARGAS; ROMANO, 2009).<br />

O prognóstico desta doença revela<br />

que há um tratamento, sendo<br />

assim, a morte pela doença tem se<br />

tornado rara; além disso, as crises<br />

da LES geralmente ocorrem até que<br />

se alcance o período de remissão,<br />

entretanto, após esse período<br />

as crises ainda podem ocorrer<br />

variando a frequência e a gravidade<br />

de acordo com o organismo de cada<br />

paciente (DELLWO, 2022).<br />

Por se tratar de uma doença<br />

autoimune com acometimento em<br />

diversos sistemas, seu controle é, de<br />

fato, uma condição complexa, tendo<br />

foco na análise de domínios físicos,<br />

emocionais, sociais e alimentícios<br />

(CHAVICCHIA et al, 2013).<br />

Nesse sentido, o controle da doença,<br />

na área alimentar, se dá pelo estado<br />

nutricional – um fator de suma<br />

importância no equilíbrio do sistema<br />

imunológico e na manutenção da<br />

saúde (SIMIONE et al, 2016). Por<br />

outro lado, inúmeros pacientes<br />

com Lúpus possuem uma dieta<br />

inadequada, podendo resultar no<br />

aumento da inflamação e no risco de<br />

morte (COSTA, 2018).<br />

Além disso, o Sistema Único<br />

de Saúde (SUS) oferece<br />

acompanhamento e tratamentos<br />

corretos, de uma forma integral<br />

e gratuita aos portadores da<br />

doença de Lúpus (GOV, 2020).<br />

O Ministério da Saúde do Brasil<br />

tem um Protocolo Clínico e<br />

Diretrizes Terapêuticas que além<br />

de orientar o tratamento dos<br />

pacientes com LES, orienta o acesso a<br />

medicamentos pelo SUS, tendo como<br />

exemplo, corticoides e medicações<br />

imunossupressoras, como o<br />

micofenolato (SANTIAGO, 2017)<br />

18 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>176</strong> | Março 2023

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