Revista Newslab Edição 176
Revista Newslab Edição 176 - Março 2023
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Já em relação a ansiedade, Eid (2019)<br />
relatou em estudo que a suplementação<br />
de vitamina D em pacientes com<br />
ansiedade generalizada que tinham<br />
níveis séricos baixos da vitamina,<br />
após 3 meses de tratamento, tiveram<br />
níveis de serotonina significativamente<br />
aumentados e melhora nos sintomas<br />
da ansiedade. (Eid et al., 2019)<br />
Biomarcadores inespecíficos<br />
Um estudo de Wagner (2019)<br />
demonstrou que níveis lipídicos séricos<br />
podem estar associados a gravidade<br />
da depressão, principalmente as<br />
Lipoproteínas de baixa densidade<br />
ou Low Density Lipoproteins (LDL),<br />
onde ocorrem níveis mais elevados<br />
em pacientes com depressão, tanto<br />
atual quanto em remissão, em<br />
relação ao grupo controle saudável.<br />
Já Akioyamen (2018) relatou que<br />
pessoas com hipercolesterolemia<br />
familiar heterozigótica (HF)<br />
apresentam menores sintomas de<br />
ansiedade, mas nenhuma diferença<br />
em sintomas de depressão em relação<br />
a pessoas sem HF. (Akioyamen et al.,<br />
2018; Wagner et al., 2019)<br />
Em relação à hematologia, em<br />
um estudo de Beijers (2018),<br />
foi avaliado a quantidade de<br />
hemoglobina, eritrócitos e<br />
hematócrito de pacientes com<br />
depressão, divididos em três<br />
grupos: pacientes considerados<br />
magros, de peso médio e com<br />
sobrepeso. Foi concluído que<br />
nenhum grupo apresentou<br />
diferença significativa em relação<br />
aos intervalos de referência.<br />
Lemes (2020) realizou um estudo<br />
com mulheres em tratamento de<br />
depressão, onde quantificou o<br />
número total de leucócitos, e este<br />
estudo também não apresentou<br />
diferenças significativas em relação<br />
aos intervalos de referência. No<br />
entanto, Vismari (2008) havia<br />
mencionado que estressores físicos,<br />
fisiológicos e psicológicos induzem<br />
alterações hormonais e nas vias<br />
de neurotransmissão, que podem<br />
influenciar no sistema imune<br />
causando leucocitose, redução na<br />
contagem de células NK em casos<br />
tanto de depressão maior como<br />
estresse agudo. (Beijers et al.,<br />
2018; Lemes et al., 2020; Vismari<br />
et al., 2008)<br />
Assim como a IL-6, a Proteína<br />
C Reativa (PCR) encontra-se<br />
com índices significativamente<br />
aumentados nos casos de depressão,<br />
sendo estimulada pela IL-6,<br />
aumentando o estado inflamatório.<br />
Em uma pesquisa realizada por<br />
Breanna (2019) avaliou os níveis de<br />
glicose em jejum e gordura visceral<br />
em universitários com sintomas de<br />
ansiedade, onde concluiu-se que<br />
não há alterações significativas nos<br />
níveis de glicose, porém o acúmulo<br />
de gordura visceral pode aumentar<br />
os níveis de insulina e cortisol.<br />
(Breanna & Alicia, 2019; P. F. da C. R.<br />
dos Santos, 2019)<br />
Há alguns anos os hormônios<br />
tireoidianos são associados à<br />
depressão e, no entanto, a natureza<br />
dessa relação é difícil definir já<br />
que os estudos são controversos.<br />
Em um estudo de Arruda (2016),<br />
foram avaliados pacientes com<br />
hipotireoidismo em tratamento<br />
e sintomas depressivos, onde se<br />
mostrou que níveis séricos do<br />
Hormônio estimulante da tireoide<br />
(TSH) não se relacionavam com a<br />
gravidade da depressão, porém havia<br />
mais risco de depressão no grupo<br />
de pacientes com hipotireoidismo<br />
do que no grupo controle saudável.<br />
(Arruda et al., 2016)<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>176</strong> | Março 2023<br />
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