Revista eMOBILIDADE+ #02
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
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Após seleção da ampliação da Linha<br />
Amarela ao Cais do Sodré iniciámos<br />
a análise de dois modos possíveis de<br />
operar: (i) em linha Circular e (ii) com<br />
duas linhas independentes.<br />
Os estudos efetuados foram claramente<br />
favoráveis à opção da operação<br />
em Linha Circular<br />
resiliência perante situações adversas. No caso do Metropolitano,<br />
orgulhamo-nos de nunca termos fechado, de sempre<br />
laborarmos em toda a rede sete dias por semana, 12 meses<br />
por ano, de termos garantido o transporte que demonstrou<br />
ser vital para o combate ao flagelo da pandemia. Com os<br />
nossos trabalhadores optámos por resguardar os mais débeis,<br />
reforçámos ao máximo possível as medidas de proteção e<br />
conseguimos manter com condições sanitárias máximas a<br />
nossa oferta diária.<br />
Qual foi o número de utentes do Metropolitano de Lisboa<br />
em 2022?<br />
Em 2022 registámos 71% das validações de 2019, ou seja,<br />
cerca de 103 milhões de validações em 2022 contra cerca de<br />
174 milhões de validações em 2019.<br />
Recentemente, o Metro de Lisboa atingiu a neutralidade<br />
carbónica, graças à ação de reflorestação que tem sido<br />
levada a efeito. Que importância assume, para o Metro de<br />
Lisboa, a promoção da sustentabilidade e que medidas<br />
têm sido tomadas neste sentido?<br />
A procura da sustentabilidade ambiental deve ser um desejo<br />
global da sociedade e atingir a neutralidade de emissões de<br />
CO 2 em 2050 é um imenso desafio que exige e vai exigir<br />
grandes sacrifícios de todos. Como empresa de transportes, a<br />
nossa relevância no contributo para a neutralidade carbónica<br />
tem sido contínua, embora não possa deixar de reconhecer,<br />
que ao termos como energia de base a energia elétrica, esta<br />
realidade por si só pode representar um caminho mais facilitado<br />
do que se fossemos p.e. uma empresa de transporte com<br />
uma frota de autocarros.<br />
Ainda assim procuramos desenvolver todo um conjunto de<br />
iniciativas que nos permitem hoje assumir uma efetiva neutralidade<br />
carbónica. A reflorestação foi a forma de anularmos<br />
os diferenciais sempre positivos das emissões de CO 2 . Mas o<br />
facto relevante foi o empenho das nossas direções de Inovação,<br />
Qualidade e Logística, para garantir num ambiente de<br />
grande complexidade de negociação (resultante primeiro da<br />
pandemia e mais tarde da guerra na Ucrânia) que os fornecimentos<br />
de energia elétrica ao Metropolitano fossem 100% de<br />
fontes renováveis. Se juntarmos a este facto todo um conjunto<br />
de iniciativas de alteração de processos e sistemas (alteração<br />
para sistemas de iluminação LED, reduções de temperaturas<br />
nas oficinas e escritórios, produção de energia fotovoltaica em<br />
projeto) estamos certamente a caminhar num bom sentido.<br />
Está prevista, já para o final do próximo ano, a abertura<br />
das duas novas estações que materializam a linha circular.<br />
Que impacto terá a expansão da rede, com este alargamento?<br />
A abertura programada para o 2.º semestre de 2024 vai<br />
corresponder a um momento muito relevante do Metropolitano.<br />
A abertura da linha circular representa uma alteração<br />
profunda do modo de operação do Metropolitano ao associar<br />
uma operação circular (as origens e destinos deixam de ter<br />
sentido), uma nova sinalização (CBTC – Communications<br />
Base Train Control), novo material Circulante e duas novas<br />
estações Estrela e Santos. Com todas estas alterações estaremos<br />
em condições de reduzir os tempos de viagem, as<br />
frequências entre circulações, uma oferta dupla para cada percurso<br />
(dois sentidos), melhorando significativamente a oferta<br />
aos nossos clientes. Um última referência à estação da Estrela,<br />
que passará a ser a estação mais profunda da rede do ML<br />
(+- 60m) e com acesso apenas por via de ascensores.<br />
Em conjunto, estima que este prolongamento da Linha<br />
Verde, com as quatro novas estações da Linha Vermelha<br />
em 2026, corresponderá a um acréscimo de quantos<br />
passageiros por ano?<br />
A estimativa de acordo com os Estudos de Tráfego que<br />
contratamos é de um acréscimo de 9 milhões de passageiros<br />
com a linha circular e um acréscimo de 11 milhões de passageiros<br />
com a Linha Vermelha.<br />
O modelo da Linha «Em Laço», embora defendida por<br />
muitos, foi colocada de parte. Dos estudos que foram<br />
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