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Revista eMOBILIDADE+ #02

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

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MANUEL RELVAS<br />

Engenheiro, consultor na área das<br />

Tecnologias de Informação<br />

https://www.linkedin.com/in/mrelvas/<br />

Dura lex<br />

Na mobilidade, como na vida, as normas<br />

sed lex...<br />

assumem um papel essencial para que as coisas<br />

funcionem como é preciso. Mais importante<br />

do que imporem determinados padrões, muitas<br />

vezes o que realmente conta é o facto de serem<br />

princípios seguidos por todos os intervenientes<br />

num determinado processo.<br />

COMPLICADEX<br />

Podemos estar a falar de regras tão simples,<br />

mas fundamentais, como circular na estrada<br />

pela direita. Veja-se o caos verificado na<br />

Suécia em 1967, no dia em que deixou de se<br />

circular pela esquerda, para se passar a circular<br />

pela direita... Mas as normas tecnológicas são sempre<br />

mais complexas e difusas, com efeitos mais subtis, mas<br />

não menos impactantes.<br />

Um bom exemplo do cruzamento da mobilidade com<br />

as normas tecnológicas é o chamado GTFS - General<br />

Transit Feed Specification. Trata-se de especificar a forma<br />

de organizar a informação de itinerários e horários dos<br />

transportes públicos, inicialmente para alimentar o Google<br />

Maps, mas que é hoje um standard universal com<br />

múltiplas aplicações. Existe ainda uma componente de<br />

informação em tempo real, o GTFS-RT, que inclui o<br />

posicionamento dos veículos em cada momento, permitindo<br />

saber quanto tempo realmente falta para o próximo<br />

transporte que nos levará ao destino pretendido.<br />

Este exemplo é bem ilustrativo do “American way”: uma<br />

norma nascida e suportada pela indústria, hoje utilizada<br />

por algo como 10 mil sistemas de transporte em todo<br />

o mundo. É um modelo que consegue traduzir grande<br />

parte da complexidade destes sistemas, mas que se<br />

revela algo rudimentar nalguns aspetos, como é o caso<br />

dos tarifários. O que faz algum sentido, uma vez que,<br />

visando informar o público, não vale a pena traduzir<br />

mais do que aquilo que um comum mortal é capaz de<br />

assimilar de forma acessível.<br />

A especificação do GTFS tem 47 páginas e a do GTFS-<br />

-RT tem 30 páginas. Algo com que alguém, minimamente<br />

dentro dos conceitos do transporte público e<br />

e-MOBILIDADE + 69

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