BÜROKRATIE: WEnIgER IsT mEhR! BUROCRACIA ... - AHK Portugal
BÜROKRATIE: WEnIgER IsT mEhR! BUROCRACIA ... - AHK Portugal
BÜROKRATIE: WEnIgER IsT mEhR! BUROCRACIA ... - AHK Portugal
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
36<br />
WIR ÜBER Uns<br />
A CÂmARA InFORmA<br />
Ein anderes Problem, das insgesamt die Leistung der europäischen<br />
Wirtschaft beeinflusst, sind die sogenannten “asymmetrischen<br />
Schocks”. Mira Amaral erläutert sie anhand des folgenden Beispiels:<br />
“Der asiatische Boom des Textilsektors kann für Deutschland als Lieferant<br />
von Textilmaschinen nach Asien vorteilhaft sein, für <strong>Portugal</strong><br />
als Produzent von Textilgütern, die von der asiatischen Konkurrenz<br />
bedroht werden, aber negativ.” Die Auswirkungen der asymmetrischen<br />
Schocks könnten aber durch das Vorhandensein eines zentralen<br />
Haushaltes auf ein Minimum beschränkt werden.<br />
Die strukturelle Krise und das externe Hilfspaket<br />
In seiner Bewertung der momentanen wirtschaftlichen Situation<br />
<strong>Portugal</strong>s stellte Mira Amaral fest, dass <strong>Portugal</strong> sich mit einer aus<br />
zwei Komponenten bestehenden Wirtschaftskrise konfrontiert<br />
sieht: eine strukturelle in Folge der in den letzten Jahren verpassten<br />
Möglichkeiten und eine konjunkturelle in Zusammenhang mit der<br />
aktuellen globalen Wirtschaftskrise.<br />
Nach Meinung des Direktors der Bank BIC werde die konjunkturelle<br />
Krise erst mit der weltweiten Erholung überwunden, die von “dem<br />
gemeinsamen Erfolg der jetzt von den USA, Europa und China implementierten<br />
Politiken” abhängt.<br />
06· 07 2011<br />
Dieses Maßnahmenpaket zur Erholung<br />
der portugiesischen Wirtschaft basiert auf<br />
drei fundamentalen Säulen: Restruktierung<br />
und Sanierung des öffentlichen Sektors,<br />
Hilfe für das Finanzsystem und strukturelle<br />
Anpassung.<br />
O pacote de medidas para recuperação<br />
da economia portuguesa assenta em três<br />
pilares fundamentais: a reestruturação<br />
e o saneamento do Sector Público,<br />
o apoio ao sistema financeiro<br />
e o ajustamento estrutural.<br />
Amaral explica-os mediante o seguinte exemplo: “Um boom asiático<br />
no sector têxtil pode ser positivo para a Alemanha fornecedora<br />
de máquinas têxteis à Ásia e negativo para <strong>Portugal</strong>, produtor de<br />
bens têxteis que são ameaçados pela concorrência asiática.” O efeito<br />
dos choques assimétricos poderia ser minimizado através da<br />
existência de um orçamento central.<br />
A crise estrutural e o pacote de apoio externo<br />
Analisando o momento que a economia portuguesa atravessa, Mira<br />
Amaral constata que <strong>Portugal</strong> defronta uma crise económica com<br />
duas componentes: uma estrutural, em consequência de oportunidades<br />
perdidas ao longo dos últimos anos, e outra conjuntural, ligada<br />
à actual crise que afecta as economias mundiais.<br />
De acordo com Presidente do Banco BIC, a crise conjuntural só será<br />
ultrapassada com a recuperação mundial, o que depende “do sucesso<br />
cooperativo das políticas agora implementadas pelos EUA,<br />
Europa e China”.<br />
Já a crise estrutural encontra as suas causas no sério problema de<br />
produtividade que afecta <strong>Portugal</strong>, nos níveis de endividamento<br />
público e externo elevados e até mesmo insustentáveis, num Estado<br />
excessivamente burocrático e numa sociedade cada vez mais<br />
desequilibrada. Para este orador, o pacote apresentado pela troika<br />
constituída pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo<br />
Monetário Internacional está bem feito, pois consubstancia uma<br />
visão sistémica da economia portuguesa.<br />
Este pacote de medidas para recuperação da economia portuguesa<br />
assenta em três pilares fundamentais: a reestruturação e o saneamento<br />
do Sector Público, o apoio ao sistema financeiro e o ajustamento<br />
estrutural. Segundo Mira Amaral, no contexto da aplicação<br />
das medidas propostas, é ainda relevante tratar da recriação do conceito<br />
de Sector Público Alargado (SPAL) e proceder a ajustamentos<br />
estruturais para o crescimento económico.<br />
Para finalizar, Mira Amaral elencou vários cenários para os quais a<br />
Zona Euro, mediante as discrepâncias económicas entre os vários<br />
países, pode evoluir. Estes cenários passam por hipóteses tão diversas<br />
como a saída da Alemanha do Euro ou, em alternativa, a saída<br />
dos países do Sul, ou ainda a refundação do Euro com avanços no<br />
federalismo económico, fiscal e orçamental e mecanismos de gestão<br />
de crises com cláusulas de reestruturação de dívidas públicas. ¥