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Diagnóstico Social do Porto | 1 - Universidade do Porto

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múltiplas percepções e acepções, este diagnóstico privilegiou uma abordagem<br />

conceptual e meto<strong>do</strong>lógica atenta às situações de pobreza, enquanto «privação<br />

por falta de recursos» e, simultaneamente, aos comportamentos de<br />

solidariedade e aos hábitos de urbanidade que configuram a vida social de uma<br />

cidade como o <strong>Porto</strong>.<br />

Tratou-se, antes de mais, de averiguar sobre as razões que impedem os<br />

cidadãos portuenses de aceder de forma plena aos recursos disponíveis na sua<br />

Cidade, na sua Região e no seu País, tentan<strong>do</strong> identificar e caracterizar<br />

necessidades das pessoas e grupos humanos mais vulneráveis, isto é, das<br />

pessoas que se encontram mais expostas à ameaça de privação e de alienação<br />

de poderes de cidadania.<br />

Visan<strong>do</strong> alargar o estu<strong>do</strong> sobre os factores de inclusão e coesão social, o<br />

diagnóstico procurou ter em conta a qualidade relacional da Cidade, nas suas<br />

múltiplas dimensões, desde as que se prendem com a ligação de cada um ao<br />

lugar habita<strong>do</strong>, até aos hábitos de sociabilidade que aproximam os cidadãos<br />

entre si, bem como as que dizem respeito à relação entre os cidadãos e as<br />

instituições e serviços públicos. No mesmo senti<strong>do</strong>, houve ainda a<br />

preocupação de atender ao tipo de espaços públicos que a Cidade oferece, bem<br />

como às suas condições de mobilidade e de acessibilidade.<br />

Estas preocupações estiveram igualmente presentes no estu<strong>do</strong> sobre os<br />

actores que intervêm no plano da organização social da solidariedade -<br />

instituições e serviços, entidades públicas e privadas, entidades formalmente<br />

ligadas aos sistemas sociais ou outras emergentes da sociedade civil.<br />

Neste enquadramento, e assumin<strong>do</strong> desde logo o valor solidariedade<br />

como referencial de estu<strong>do</strong> e de acção, pretendeu-se mobilizar o maior<br />

número possível de actores, numa dinâmica de diagnóstico territorial,<br />

encarada como parte integrante de um processo de «desenvolvimento social»<br />

e não como uma etapa separada, que eventualmente antecede e prepara o<br />

esforço comum de promoção social. Para conseguir uma compreensão global,<br />

prospectiva e co-responsabilizante sobre a realidade social da Cidade é<br />

necessária a participação, motivada e comprometida, de to<strong>do</strong>s e de cada um.<br />

10 | <strong>Diagnóstico</strong> <strong>Social</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>

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