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Diagnóstico Social do Porto | 1 - Universidade do Porto

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causa mais apontada liga-se aos problemas de saúde (18%), segui<strong>do</strong>s de<br />

alterações no agrega<strong>do</strong> familiar (15%).<br />

De notar que 60% das famílias sobreendividadas apresentam mais de<br />

três e menos de 10 créditos e 35% têm um ou <strong>do</strong>is créditos contraí<strong>do</strong>s.<br />

Em termos de rendimentos, a maioria das famílias aufere entre 1000 a<br />

1500 €. por mês (30%) e de 500 a 1000 €. por mês (29%). No entanto, 18% destas<br />

famílias apresentam rendimentos mensais na ordem <strong>do</strong>s 1501 a 2000 euros.<br />

Em Março de 2009 deram entrada na DECO 321 novos processos de<br />

sobrendividamento, 75 <strong>do</strong>s quais na Delegação Regional <strong>do</strong> Norte. Esta<br />

delegação registou ainda no mesmo mês 41 informações presenciais (contra<br />

28 em Março de 2008) e 87 informações escritas (45 em Março de 2008).<br />

Outro <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res sobre esta situação refere-se ao movimento de<br />

«resgates das poupanças», muitas delas de valor reduzi<strong>do</strong>.<br />

«Há novos carencia<strong>do</strong>s, pessoas que trabalhavam e caíram no<br />

desemprego e que resgataram as suas poupanças, estamos a falar de valores<br />

como 150 Euros. Isto é diário!»<br />

238 | <strong>Diagnóstico</strong> <strong>Social</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

(Sessão temática de auscultação DSP - Pobreza, Maio 2009)<br />

A expressão «fome envergonhada» surge com recorrência junto de<br />

diversos actores sociais, incluin<strong>do</strong> Juntas de Freguesia, Paróquias e<br />

Associações Cívicas.<br />

«Muitas destas pessoas não querem beneficiar de subsídios e por vezes<br />

acabam por fazer voluntaria<strong>do</strong> por um prato de comida. Outras não são<br />

suficientemente pobres para beneficiar de apoios mas encontram-se em<br />

situação de privação».<br />

«Estas pessoas evitam pedir ajuda. Só aprecem quan<strong>do</strong> já estão no<br />

limite. O decréscimo da procura de serviços de saúde é por dificuldade<br />

económica».<br />

(Sessão temática de auscultação DSP - Pobreza, Maio 2009)

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