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Diagnóstico Social do Porto | 1 - Universidade do Porto

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Imigrantes e Minorias Étnicas<br />

O processo de auscultação e participação permitiu apurar a sensibilidade<br />

<strong>do</strong>s cidadãos portuenses em relação a este grupo, bem como a <strong>do</strong>s próprios<br />

cidadãos estrangeiros imigrantes.<br />

A cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> é considerada como uma cidade acolhe<strong>do</strong>ra e<br />

hospitaleira em relação à sua população estrangeira.<br />

Todavia, regista-se a tendência, evidenciada sobretu<strong>do</strong> nos primeiros<br />

meses de 2009, de perda de população imigrante, em particular de pessoas de<br />

nacionalidade europeia. Esta tendência surge explicada por razões de<br />

natureza contextual que se prendem com a crise económica e as consequentes<br />

dificuldades de acesso ao merca<strong>do</strong> de trabalho.<br />

Consideran<strong>do</strong> que a inserção social das pessoas oriundas de outros<br />

países e de outras tradições culturais constitui uma mais valia civilizacional e<br />

uma oportunidade de enriquecimento social, assinala-se esta perda entre os<br />

sinais de alerta de uma cidadania intercultural e solidária.<br />

No que se refere a indica<strong>do</strong>res de risco específicos e a respostas sociais<br />

de carácter prioritário, salienta-se a necessidade de ajuda imediata a famílias<br />

afectadas pelo desemprego, bem como uma especial atenção em relação às<br />

pessoas em situação de irregularidade e que, por essa razão, tendem a ser<br />

invisíveis para as instituições e para os serviços de apoio.<br />

Estas pessoas enfrentam dificuldades agravadas no acesso a direitos<br />

básicos, para além de se encontrarem mais vulneráveis face aos sectores<br />

informais e desprotegi<strong>do</strong>s da economia. Importa ter em conta que estamos<br />

perante um grupo especialmente carente de redes de proximidade familiar,<br />

factor decisivo num tempo de incerteza e de crise.<br />

Novos pobres<br />

A introdução de um ponto específico dedica<strong>do</strong> ao grupo humano aqui<br />

designa<strong>do</strong> por «novos pobres» resulta da necessidade de atender à<br />

singularidade das situações de pobreza emergentes <strong>do</strong> contexto situacional e<br />

que, atingin<strong>do</strong> muitas pessoas e famílias, se encontram fora <strong>do</strong>s tradicionais<br />

<strong>Diagnóstico</strong> <strong>Social</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> | 27

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