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Diagnóstico Social do Porto | 1 - Universidade do Porto

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outro la<strong>do</strong>, o nível de habilitações literárias das mulheres continua a não<br />

encontrar a devida correspondência em termos de posição no merca<strong>do</strong> de<br />

trabalho, tanto no plano das categorias profissionais como <strong>do</strong>s rendimentos<br />

auferi<strong>do</strong>s. Neste contexto, o distrito <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> surge como o segun<strong>do</strong> distrito <strong>do</strong><br />

país com maior número de registos na Comissão para a Igualdade no Trabalho<br />

e no Emprego (CITE).<br />

As dificuldades relacionadas com a necessidade de conciliação entre a<br />

vida familiar, a vida profissional e a vida pessoal surgem recorrentemente<br />

assinaladas pelas mulheres que, em muitos casos, justificam a partir dessa<br />

razão a necessidade de recurso a trabalho precário.<br />

De notar que as famílias monoparentais, assinaladas entre as mais<br />

susceptíveis de risco, são maioritariamente constituídas por mulheres, facto<br />

que agrava a sua exposição a factores de pobreza e de exclusão social.<br />

Outro indica<strong>do</strong>r objectivo prende-se com o número de mulheres a<br />

beneficiar de RSI na Cidade e que é manifestamente superior ao número de<br />

homens.<br />

Os crimes de violência <strong>do</strong>méstica regista<strong>do</strong>s na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> são<br />

igualmente expressivos a este respeito, sugerin<strong>do</strong>, também aqui, a<br />

necessidade de reforço de acções de educação e de sensibilização pública, a<br />

difusão de boas práticas e o apoio a projectos inova<strong>do</strong>res no âmbito da<br />

«educação de família», <strong>do</strong> desenvolvimento de competências de parentalidade<br />

e, de uma forma geral, de promoção de comportamentos de cidadania.<br />

2.2. Grupos humanos especialmente vulneráveis<br />

O senti<strong>do</strong> de solidariedade que animou to<strong>do</strong> o processo de diagnóstico<br />

subordina-se a um ideal de coesão social incompatível com lógicas de<br />

separação humana entre «ajuda<strong>do</strong>s» e «ajuda<strong>do</strong>res».<br />

A vulnerabilidade constitui um traço comum da condição humana e, de<br />

certa maneira, to<strong>do</strong>s somos sujeitos de ajuda. É, pois, à luz deste princípio que<br />

<strong>Diagnóstico</strong> <strong>Social</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> | 21

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