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Diagnóstico Social do Porto | 1 - Universidade do Porto

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equipas pluridisciplinares, compostas por técnicos devidamente forma<strong>do</strong>s<br />

para o efeito. Os serviços de apoio <strong>do</strong>miciliário surgem neste contexto<br />

especialmente valoriza<strong>do</strong>s, sobretu<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> em conta a situação de<br />

dependência e isolamento em que vivem muitas das pessoas i<strong>do</strong>sas, privadas<br />

muitas vezes de qualquer retaguarda de apoio familiar. Não foi possível<br />

determinar com rigor o número de pessoas que se encontram nesta situação<br />

na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e em que condições vivem exactamente, sugerin<strong>do</strong>-se<br />

nesse senti<strong>do</strong> a aposta em estu<strong>do</strong>s de carácter qualitativo que permitam<br />

conhecer essa realidade.<br />

Surgiram referi<strong>do</strong>s com frequência casos de pessoas encontradas<br />

sozinhas em habitações degradadas e em esta<strong>do</strong> de extrema vulnerabilidade<br />

pessoal, conforme testemunho da<strong>do</strong>, por exemplo, pelos «agentes policiais de<br />

proximidade» e por cidadãos vizinhos. Constata-se que as pessoas nesta<br />

situação tendem a assumir uma atitude defensiva e de protecção da sua<br />

privacidade. A possibilidade de retirada <strong>do</strong> lar em favor de um processo de<br />

institucionalização é frequentemente percepcionada como uma ameaça. Neste<br />

contexto, assume particular pertinência o desenvolvimento de sistemas de<br />

sinalização de situações de vulnerabilidade e isolamento social apoia<strong>do</strong>s em<br />

práticas de proximidade sociocomunitária.<br />

Numa cidade como o <strong>Porto</strong> que conta com uma forte presença de pessoas<br />

i<strong>do</strong>sas, a existência de equipamentos que garantam resposta suficiente e<br />

adequada para as necessidades de institucionalização destas pessoas constitui<br />

uma exigência fundamental.<br />

Todavia, pelas razões referidas e consideran<strong>do</strong> o tipo de apoios existente, bem<br />

como a evidência da enorme disponibilidade para a acção voluntária<br />

testemunhada pelos cidadãos <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, considera-se que o maior desafio da<br />

Cidade, no plano das respostas sociais respeitantes às pessoas i<strong>do</strong>sas se situa<br />

no reforço de dinâmicas sociais de proximidade, desenvolvidas numa lógica de<br />

articulação entre instituições, serviços e redes de voluntaria<strong>do</strong> social. 32<br />

32<br />

Destaca-se a este propósito o projecto «HumanIdade» (2009) promovi<strong>do</strong>, em parceria, pela<br />

Fundação <strong>Porto</strong> <strong>Social</strong> e a <strong>Universidade</strong> Católica Portuguesa/<strong>Porto</strong>, visan<strong>do</strong> a formação de<br />

uma rede de voluntários sociais especificamente vocacionada para a intervenção junto de<br />

204 | <strong>Diagnóstico</strong> <strong>Social</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>

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