O ASSOCIATIVISMO NO SETOR SUPERMERCADISTA - UnP
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epercute, igualmente, nos setores tradicionais e no segmento das micro e pequenas empresas,<br />
onde a busca da ação cooperada parece ser essencial para garantir a sobrevivência em um mundo<br />
competitivo e em permanente processo de transformação.<br />
Perroux (1992) já registrava, em seu trabalho sobre redes de micro e pequenas<br />
empresas, que o modo de produção representado pela grande empresa integrada, como, por<br />
exemplo, defendida por Chandler (1977), era um modelo em decadência, face à necessidade de<br />
muita flexibilidade nos modernos sistemas produtivos. Na proposta citada, ressalta que o<br />
problema foi negligenciar o papel atribuído à confiança e à cooperação nos modelos econômicos.<br />
O conhecimento, de uma forma geral, trabalha com o conceito de rede nas suas várias<br />
ramificações desde muito tempo, como se pode citar a ciência da computação, a biologia, a<br />
geografia, dentre outras áreas. Fazendo um resgate histórico, tem-se que a teoria dos gráficos e os<br />
trabalhos desenvolvidos por Euler no século XVIII, constituem o marco original.<br />
Contemporaneamente, Thorelli (1986) é considerado um dos primeiros autores a tratar deste<br />
assunto, notadamente, no ambiente organizacional sob o prisma das estratégias de redes (LOPES,<br />
2004 apud VALE, AMÂNCIO e LIMA, 2006).<br />
Segundo Bejean e Gadreau (1997) apud Vale (2004, p. 3) “a rede é um conjunto de<br />
organizações ou de indivíduos engajados, reciprocamente, em transações recorrentes, reguladas<br />
segundo uma lógica de coordenação que extrapola o caráter estrito seja do mercado ou da<br />
hierarquia”. Já sob a ótica da caracterização das redes organizacionais, a autora citada propõe,<br />
sem intenção de criar uma tipologia geral, que no início do processo de evolução, no primeiro<br />
patamar, a empresa, apresenta-se enquanto unidade produtiva autônoma e independente, com<br />
fronteiras bem definidas, buscando, de maneira isolada, a construção de suas estratégias. No topo<br />
do processo, no patamar superior, tem-se a organização integrada no esforço coletivo de criação<br />
de um território competitivo. Aí convivem vários tipos de redes e passa a existir um modelo de<br />
governança territorial, que busca a integração dos esforços e das redes existentes, com destaque<br />
para as pequenas empresas, voltadas para a obtenção de vantagens sócio-econômicas.<br />
Ainda segundo Vale (2004), a evolução não se dá, necessariamente, de um estágio<br />
para outro, de maneira linear ou seqüencial e, sim, através de um processo de formação<br />
cumulativa e circular de capital social, que permite, aos agentes envolvidos, sua inclusão em<br />
outras redes ou em redes mais abrangentes, conforme descrição no Quadro 1, a seguir:<br />
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