O ASSOCIATIVISMO NO SETOR SUPERMERCADISTA - UnP
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2.3.2 Mudanças e reestruturações nas empresas do varejo<br />
Com o advento do Plano Real (1994), onde a maior estabilização econômica foi<br />
proporcionada, o setor supermercadista foi impulsionado a buscar eficiência, mas, em<br />
paralelo, esse plano também promoveu a diminuição do poder de monopólio das grandes<br />
redes, tornando comum a prática de concorrência de preços, por parte de alguns empresários<br />
supermercadistas, quando da determinação de seus preços de venda. Em face da<br />
intensificação da competição neste período, uma realidade se tornou inevitável, a guerra de<br />
preços, que trouxe outro fator marcante para o consumidor que foi a maximização dos<br />
serviços oferecidos. Redirecionou-se o foco para a diminuição dos custos operacionais, com<br />
enxugamento das estruturas e elevação da produtividade e eficiência. Novamente o<br />
consumidor foi beneficiado, pois como resultado deste esforço a indústria passou a conceder<br />
maiores prazos de pagamento para os supermercados, implicando no repasse direto ao<br />
consumidor final (MENDONÇA, 2002).<br />
De acordo com o DIEESE (2003), no início da década de 90 o setor supermercadista<br />
brasileiro tinha três características marcantes: o capital nacional era majoritário; era<br />
constituído, predominantemente, por empresas familiares; e era caracterizado pela<br />
regionalização, ou seja, contava principalmente com redes de porte médio, com atuação em<br />
âmbito regional. Nesse período, apenas três redes atuavam nacionalmente.<br />
Contudo, conforme destaca Mendonça (2002), ao final da década, este setor se<br />
reestruturou, alterando consistentemente sua composição. Os grandes grupos nacionais e<br />
internacionais redefiniam suas estratégias com vistas à ampliação da participação no mercado<br />
brasileiro. Os primeiros predominavam e cada vez mais cresciam sua participação de<br />
mercado, desconsiderando a existência dos pequenos varejistas.<br />
Vale destacar que houveram várias transformações no setor a partir de 1995, conforme<br />
resgata o DIEESE (2003): “internacionalização do setor, com forte penetração do capital<br />
estrangeiro; alteração da relação de força na cadeia produtiva, motivada pelo maior poder de<br />
barganha das grandes redes junto aos fornecedores; concentração, em que poucas redes detêm<br />
grande parte do faturamento do setor; difusão de novos padrões de gestão, adquiridos pelas<br />
experiências das empresas internacionais; maiores exigências de qualificação para mão-de-<br />
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