O ASSOCIATIVISMO NO SETOR SUPERMERCADISTA - UnP

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médios supermercados, de atuação local, baixo poder de influência, com uma participação crescente no mercado, porém, em muitos casos, atuando de forma cada vez mais dispersa e desorganizada (QUENTAL et al., 2001). No lado comercial, a concentração de grandes redes nacionais e internacionais teve o efeito de tornar a situação muito mais crítica para o pequeno e médio varejista. Uma das repercussões mais evidentes dessa concentração é a forma como as indústrias passaram a encarar o supermercadista de porte pequeno e médio, vendo nesse segmento, sobretudo, um canal alternativo de distribuição (ALLEVATO JÚNIOR, 2001). Em outro sentido, os atacadistas também enfrentaram dificuldades com essa concentração, levando-os a investirem também no pequeno estabelecimento para tentar manter sua participação de mercado (LIMA, 2001). Dentre as opções possíveis para reverter esse quadro, Gonçalves (2000) enfatiza que os pequenos e médios supermercadistas têm poucas alternativas, que passam pela profissionalização da gestão, especialização, conhecimento aprofundado de seu consumidor, capacidade de se antecipar às necessidades dos mesmos e o associativismo dos empresários para potencializar o poder de negociação junto aos grandes fornecedores, reduzindo custos. Neste último aspecto, Leone e Leone (2007, p.185) ressaltam, que o mercado competitivo exige que as empresas se empenhem na busca contínua por redução de custos, em face das constantes mudanças do ambiente organizacional e porque predomina internamente nas firmas o fenômeno: “se algum trabalho está funcionando, ele pode melhorar em termos de uso de recursos”. Dados os potenciais benefícios a serem obtidos por essa ação conjunta, diversas instituições associativistas foram criadas pelas pequenas e médias empresas nos últimos anos, sendo o varejo um dos pioneiros nessa forma de parceria. O sucesso das primeiras experiências no segmento supermercadista impulsionou o surgimento de iniciativas semelhantes em áreas como farmácias, materiais de construção, açougues, panificadoras e autopeças. Essas instituições, que lembram uma cooperativa, mas desta se diferenciam pela falta de legislação específica e características legais, permitem a realização de comprar em maior escala, e também viabilizam a redução de custos significativas (DRUMOND, 2007). No Brasil, a primeira rede de compras de supermercados, foi formada em Vitória/ES. Segundo Judge (2003), o surgimento das redes de compras aconteceu em 1987, com o simples PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com 70
objetivo de seus integrantes conseguirem um melhor posicionamento perante seus fornecedores. Normalmente, a negociação é feita em nome da Associação e o fornecedor emite a nota fiscal e faz a entrega dos produtos a cada associado. Atualmente, essas redes passaram não apenas a serem aceitas, como também serem disseminadas, sendo reconhecidas como parte integrante da cadeia de suprimentos. Esse modelo acabou evoluindo de associações de compras para centrais de negócios, termo este que retrata de forma mais realista essa ação conjunta, uma vez que as atividades entre as empresas foram ampliadas, não se restringindo apenas às compras, mas também às ações de marketing, treinamento e desenvolvimento de produtos em conjunto, entre outros. Atualmente, conforme dados da ABRAS (2007), existem no país, aproximadamente 180 redes associativistas, com um crescimento considerável a partir da década de 90, conforme se pode ver no Quadro 11, a seguir: PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com 71
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