O ASSOCIATIVISMO NO SETOR SUPERMERCADISTA - UnP
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“grau em que os parceiros têm interesses, preferências e práticas que não podem ser conciliados<br />
na aliança”.<br />
Ainda segundo as dificuldades internas e externas, Rindfleisch (2000) comenta que as<br />
relações entre as organizações envolvidas existem meramente por interesses próprios de cada<br />
organização e não por benevolência entre elas.<br />
Portanto, se as empresas aliadas não deixarem suas missões, seu valores, sua visão de<br />
futuro bem explícitas, poderão ter sérios problemas.<br />
Esteve (2001) estabelece como forma de minimizar os efeitos negativos dos conflitos,<br />
a capacidade de aprendizagem e a adaptabilidade dos parceiros da aliança. Por sua parte, Das e<br />
Teng (2000) apontam conflito como uma possível explicação para insucesso nas alianças. As<br />
definições encontradas para o termo conflito são diversas. Schellenberg (1996) define o conflito<br />
como oposição de atitudes ou interesses entre indivíduos ou grupos. No contexto de alianças<br />
estratégicas, Das e Teng (2000) definem conflito como “grau em que os parceiros têm interesses,<br />
preferências e práticas que não podem ser conciliados na aliança”. Um dos autores mais citados<br />
sobre conflito é Pondy (1967). Apesar do autor se referir na maior parte do seu trabalho a<br />
conflitos em nível interpessoal e intra-organizacional, o trabalho dele é bastante utilizado em<br />
conflitos inter-organizacionais (ROSENBERG; STERN, 1971; FEY; BEAMISH, 1999;<br />
VAALAND; HAKANSSON, 2000).<br />
Os estudos que focam na relação da interdependência com os conflitos inter-<br />
organizacionais abordam basicamente as assimetrias entre as organizações e a dependência de<br />
recursos. Fey e Beamish (1999) afirmam que, de acordo com a literatura, as causas mais comuns<br />
de conflitos inter-organizacionais são (1) competição por recursos escassos, (2) desejo por<br />
autonomia, (3) divergência de objetivos, e (4) percepções diferentes decorrentes de diferenças<br />
culturais. Vaaland e Hakansson (2000) argumentam que as partes envolvidas na relação têm<br />
diferentes níveis de dependência, o que afeta o grau de poder que cada uma possui sobre a outra.<br />
Eles propõem que se o poder é equilibrado, aumenta a cooperação e o conflito é reduzido.<br />
Quando são utilizadas ameaças e poder coercivo estes criam conflito (VAALAND;<br />
HAKANSSON, 2000). De maneira similar, Das e Teng (2000) argumentam que numa relação de<br />
troca, a dependência e, conseqüentemente, o poder entre as partes podem ser assimétricos. Assim,<br />
estes autores sugerem que se uma das partes pode impor sua vontade sobre outra parte, por meio<br />
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