15.04.2013 Views

A hermenêutica do sujeito - OUSE SABER!

A hermenêutica do sujeito - OUSE SABER!

A hermenêutica do sujeito - OUSE SABER!

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

98 A HERMENtUTIü\ DO SUJEITO<br />

e reabsorver as exigências da espiritualidade. De sorte que<br />

o platonismo desempenhará, parece-me, ao longo de toda<br />

a cultura antiga e da cultura européia, este duplo jogo: recolocar<br />

incessantemente as condições de espiritualidade que<br />

são necessárias para o acesso à verdade €, ao mesmo tempo,<br />

reabsorver a espiritualidade no movimento único <strong>do</strong> conhecimento,<br />

conhecimento de si, <strong>do</strong> divino, das essências.<br />

Eis, de mo<strong>do</strong> geral, o que lhes queria apresentar sobre o<br />

texto <strong>do</strong> Alcibíades e [sobre] as perspectivas históricas que<br />

ele descerra.<br />

Na próxima aula passaremos então ao estu<strong>do</strong> da questão<br />

da epiméleia heautoú em outro perío<strong>do</strong> histórico, a saber,<br />

nas filosofias epicurista, estóica, etc. <strong>do</strong>s séculos I e 11 da<br />

nossa era.<br />

"<br />

NOTAS<br />

1. O ColIege de France colocava à disposição <strong>do</strong> público, além<br />

da sala principal onde Foucault ensinava, uma segunda sala onde,<br />

por um sistema de microfones, a voz de Foucault era transmitida<br />

diretamente.<br />

2. É em nome, precisamente, de uma estrita definição <strong>do</strong> xamanismo<br />

- como "fenômeno social liga<strong>do</strong> fundamentalmente às<br />

civilizações da caça" (Qu'est-ce que la philosophie antique?, op. cil., p.<br />

270) - que P. Ha<strong>do</strong>t se recusaria a falar aqui em xamanismo.<br />

3. Cf. H. Joly, Le Renversemenet platonicien Logos-Epistemê-Polis,<br />

op. cit., capo IH, "L'archai"srne du connaítre et le puritanisme",<br />

pp. 64-70: "La pureté de la connaissance".<br />

4. Alcibiade, 124b (ed. citada, p. 92); cf. aula de 6 de janeiro,<br />

segunda hora.<br />

5. Alcibiade, 129a (p. 102); cf. esta aula, primeira hora.<br />

6. "Mas, pelos deuses, este preceito tão justo de Delfos, que<br />

evocávamos há pouco, estamos seguros de o tennos bem compreendi<strong>do</strong>?"<br />

(Alcibiade, 132c, p. 108).<br />

7. Cf. um <strong>do</strong>s últimos desenvolvimentos <strong>do</strong> Alcibiade, 132d-<br />

133c (pp. 108-10).<br />

8. Alcibiade, 133c (p. 109).<br />

9. Ibid. (p. 110).<br />

10. Eusebe de Césarée, La Préparation évangélique, livro Xt<br />

capo 27, trad. fr. G. Favrelle, Paris, Éd. Du Cerf, 1982, pp. 178-91.<br />

.-,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!