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NA SENDA DA IMAGEM A Representação ea Tecnologia na Arte

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Baton (Fig. 3). Este equipamento era constituído por duas<br />

baquetas com transmissores de rádio de baixa frequência<br />

que se movimentavam sobre uma superfície pla<strong>na</strong> que<br />

continha receptores. As baquetas produziam informação<br />

de posição 3D através da medição do si<strong>na</strong>l induzido entre<br />

dois osciladores da superfície pla<strong>na</strong> controlada pelos<br />

eléctrodos das baquetas. O si<strong>na</strong>l das baquetas era<br />

sincronizado para diminuir o ruído e estender o raio de<br />

acção [Electronic Music Foundation, 2003].<br />

O BioMuse (Fig. 4) foi desenvolvido pelo Stanford’s<br />

Center for Computer Res<strong>ea</strong>rch in Music and Acoustics<br />

(CCRMA), em 1989. Origi<strong>na</strong>lmente desenhado para<br />

permitir o uso estético e recr<strong>ea</strong>cio<strong>na</strong>l de computadores a<br />

deficientes físicos, este aparelho continha sensores de<br />

controlo de olhos (electrooculogram-EOG), de tensão<br />

muscular (EMG) e de ondas cerebrais<br />

(electroencephalogram-EEG). Os si<strong>na</strong>is eram<br />

encaminhados para um amplificador de si<strong>na</strong>l com um<br />

conversor a<strong>na</strong>lógico/digital para reconhecimento de<br />

padrões, fazendo depois o output de mensagens MIDI. A<br />

companhia BioControl Systems passou a comercializar<br />

este sistema desde 1992 [T. Marrin 2002].<br />

Fig. 4 Biomuse Fig. 5 Lady’s Glove<br />

Construída em 1991 por Laetitia So<strong>na</strong>mi, a Lady's<br />

Glove (Fig. 5) permitia através de movimentos<br />

expressivos dos dedos, mão e braços, interpretar música,<br />

controlar o som, equipamentos mecânicos e luzes via<br />

MIDI. A Lady’s Glove tinha implantados sobre uma luva<br />

de Lycra, uma série de microswitches, magnetos, sensores<br />

magnéticos, superfícies de pressão algumas flexíveis e<br />

outras duras, bem como transmissores e receptores de<br />

ultra-sons que detectavam a distância entre a luva e o<br />

chão. [Electronic Music Foundation, 2003].<br />

O BodySynth construído em 1992 (Fig. 6), é um<br />

w<strong>ea</strong>rable wireless em que as mensagens MIDI são<br />

controladas por músculos, usado para gerar música e<br />

efeitos de luzes enquanto o intérprete se move ou dança.<br />

O sistema básico é composto por 4 sensores de tensão<br />

muscular, uma caixa de amplificação de si<strong>na</strong>l e<br />

transmissão wireless e uma unidade de processamento. A<br />

unidade de processamento, com um DSP dedicado, aplica<br />

vários filtros em tempo r<strong>ea</strong>l como funções metronómicas,<br />

ajuste de tempo, detectores de picos áudio [T. Marrin,<br />

2000].<br />

Fig. 6 BodySynth Fig. 7 Miburi<br />

A Yamaha comercializou no Japão em 1994 o Miburi<br />

(Fig. 7). O sistema era composto por 2 pequemos<br />

teclados (um para cada mão) com 8 botões, um casaco<br />

com 6 sensores flexíveis, um cinto com receptores e<br />

cabos para ligar o equipamento do cinto a um<br />

sintetizador. Os sensores distribuídos por todo o casaco,<br />

podiam ser usados por baixo ou por cima do casaco. A<br />

Yamaha desenvolveu uma linguagem gestual para este<br />

sistema <strong>na</strong> qual as notas eram especificadas através da<br />

combi<strong>na</strong>ção da configuração dos ombros e as teclas<br />

premidas nos controladores dos pulsos. Apesar de<br />

vários artistas e compositores terem utilizado o Miburi<br />

<strong>na</strong>s suas obras e não obstante o grande investimento<br />

feito durante 9 anos de desenvolvimento, o Miburi foi<br />

descontinuado [T. Marrin 2000].<br />

Mais recentemente, o Digital Baton (Fig. 8) foi<br />

resultado de um projecto concluído no MIT Media Lab<br />

em 1996. Bas<strong>ea</strong>va-se num tubo de plástico que<br />

contendo 5 peque<strong>na</strong>s superfícies com sensores de<br />

pressão e 5 acelerómetros dispostos em array ortogo<strong>na</strong>l.<br />

A multiplicidade de sensores utilizados permitiam um<br />

controlo expressivo sobre música electrónica permitindo<br />

ao interprete conduzir a música a um alto nível ou em<br />

baixo nível (virtuoso) controlando assim detalhes de<br />

sons particulares. O Digital Baton foi utilizado em<br />

vários concertos da Brain Opera [NewMusicBox 1999].<br />

Fig. 8 Digital Baton Fig. 9 Sensor Floor<br />

Concebido em 1997, o Sensor Floor (Fig. 9) usava<br />

uma superfície em mat com cerca de 1,8 x 3 metros<br />

contendo uma matriz de 64 sensores de pressão. A<br />

posição e o peso dos pés era medido sendo estes si<strong>na</strong>is<br />

depois convertidos para mensagens MIDI. A parte<br />

superior do corpo era monitorizada por um par de<br />

radares Doppler, com feixes de um array de 4<br />

elementos. O Sensor Floor produzia mensagens MIDI a<br />

partir da quantidade de movimento, velocidade e<br />

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Copyright © ARTECH 2004 – 1º Workshop Luso-Galaico de <strong>Arte</strong>s Digitais 12 de Julho de 2004, FC - UL

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