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NA SENDA DA IMAGEM A Representação ea Tecnologia na Arte

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[7] As divergências doutri<strong>na</strong>is (o Papa em<br />

Roma versus seu Patriarca de Constantinopla),<br />

acabaram por criar uma Igreja Ocidental, a<br />

Católica, e uma Igreja Oriental, a Ortodoxa.<br />

Esta separação religiosa é que r<strong>ea</strong>lmente vai ser<br />

o grande motor da abordagem às pessoas através<br />

da imagem, fazendo desse modo com que a imagem<br />

se torne num veículo agregador e como tal<br />

de importância até então nunca vista. Opondo<br />

Iconoclastas (atacantes - Gombrich,, E. H.,<br />

1995, “The Story of Art”, Phaidon, Londres –<br />

p.138) a Iconófilos (defensores - Janson, H.W.,<br />

Op. Cit.– p. 209), criando uma divisão, entre<br />

católicos e ortodoxos, onde se reflecte uma<br />

abordagem teológica que os faz diferir<br />

profundamente, pois assenta <strong>na</strong> relação com a<br />

figura de Cristo que transmite a união (para os<br />

católicos) e a dicotomia (para os ortodoxos)<br />

entre o humano e o divino. As posturas tomadas<br />

pelas “duas Europas”, Ocidental e Oriental,<br />

conduziram as suas culturas por caminhos<br />

completamente diferenciados. A Europa mais<br />

do que nunca começa a ser um local de grande<br />

intercâmbio de conhecimentos que se<br />

distribuem essencialmente por dois pólos que<br />

sofreram duas abordagens formais de estilo, o<br />

gótico (França) e seu sucessor, o re<strong>na</strong>scença<br />

(Itália).<br />

[8] Janson, H.W., Op. Cit. – p. 350<br />

[9] No texto de introdução ao Re<strong>na</strong>scimento<br />

(p.350-351) da “História da <strong>Arte</strong>” de Janson,<br />

H.W., pode avaliar-se de uma forma sucinta e<br />

bastante clara esta transformação.<br />

[10] Gombrich, E. H., 1995, “The Story of<br />

Art”, Phaidon, Londres – p. 235<br />

[11] Peter Galassi, (Galassi, Peter, 1981,<br />

“Before Photography – painting and the<br />

invention of photography”, The Museum of<br />

Modern Art, New York), nota que através desta<br />

teoria da janela de Alberti, a composição da<br />

imagem se faz fundamentalmente em 3 etapas;<br />

1) a escolha do momento; 2) o ponto de vista; 3)<br />

o que enquadrar. Assim, o centro da composição<br />

encontra o seu ponto central num olho e daí a<br />

metáfora da janela. [Alberti, Leon Baptista, em<br />

1435 publicou o livro “De pictura” onde explica<br />

este esquema da visão e onde formula também<br />

as principais teorias da nova expressão artística<br />

relativas à iconografia re<strong>na</strong>scentista, que dizem<br />

respeito à imitação da <strong>na</strong>tureza (objectividade) e<br />

ao modo de representar o id<strong>ea</strong>l (beleza)].<br />

[12] Berger, Jonh, 1982, “Modos de Ver”,<br />

Edições 70, Col. <strong>Arte</strong> & Comunicação, Lisboa –<br />

p. 20.<br />

[13] Segundo a definição, possível, “Conjunto<br />

dos conhecimentos científicos, dos processos e<br />

dos métodos usados <strong>na</strong> produção, distribuição e<br />

utilização de bens e serviços tecnologia de<br />

ponta, a que inibia os conhecimentos e<br />

instrumentos mais avançados.” - Dicionário da<br />

Língua Portuguesa Contemporân<strong>ea</strong> da<br />

Academia das Ciências de Lisboa”, Verbo,<br />

2001.<br />

[14] Janson, H.W., Op. Cit. – p. 395.<br />

[15] Janson, H.W., Op. Cit. – p. 399.<br />

[16] "O período do pensamento europeu<br />

caracterizado pela ênfase colocada <strong>na</strong><br />

experiência e <strong>na</strong> razão, pela desconfiança em<br />

relação à religião e às autoridades tradicio<strong>na</strong>is e<br />

pela emergência gradual do id<strong>ea</strong>l das sociedades<br />

liberais, seculares e democráticas. Na Inglaterra<br />

do século XVII, o movimento já pode dis cernirse<br />

nos textos de Francis Bacon e de Hobbes,<br />

assim como, em França, <strong>na</strong> obra de Descartes,<br />

através da nova ênfase <strong>na</strong> independência da<br />

razão. No entanto, foi só no século XVIII que se<br />

deu o completo florescimento do iluminismo ,<br />

especialmente em França (ver Encyclopédie), <strong>na</strong><br />

Escócia (ver Hume, Smith) e <strong>na</strong> Alemanha,<br />

onde a filosofia crítica de Kant foi, ao mesmo<br />

tempo, como que o seu culmi<strong>na</strong>r e o primeiro<br />

presságio do período romântico que se lhe<br />

seguiu. Embora seja difícil encontrar doutri<strong>na</strong>s<br />

positivas que sejam comuns a todos estes<br />

pensadores, o iluminismo está associado a uma<br />

concepção materialista dos seres humanos, a um<br />

optimismo sobre o seu progresso através da<br />

educação e a uma perspectiva em geral utilitarista<br />

da sociedade e da ética. No entanto, a<br />

Constituição dos Estados Unidos, que não é um<br />

documento utilitarista (bas<strong>ea</strong>ndo-se antes numa<br />

ética de direitos <strong>na</strong>turais), é frequentemente<br />

apontada como um texto que incorpora de uma<br />

forma concreta os id<strong>ea</strong>is ilumi nistas" -<br />

Blackburn, Simon, 1997, “Dicionário de Filosofia”,<br />

Gradiva, Lisboa.<br />

[17] Desde Montesquieu (De l’esprit des lois<br />

– 1748) a Rouss<strong>ea</strong>u (Les Confessions - 1782)<br />

passando por Voltaire (Le Temple du goût –<br />

1733), que se deduz tal atitude.<br />

[18] William Hogarth, no sec. XVIII, escreve<br />

um livro chamado “the A<strong>na</strong>lysis of B<strong>ea</strong>uty”<br />

com o intuito de explicar as leis que orientam a<br />

27<br />

Copyright © ARTECH 2004 – 1º Workshop Luso-Galaico de <strong>Arte</strong>s Digitais 12 de Julho de 2004, FC - UL

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