NA SENDA DA IMAGEM A Representação ea Tecnologia na Arte
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dificuldade normal de controle do som de retorno quando<br />
é necessário introduzir amplificação a elementos<br />
acústicos.<br />
A guitarra electroacústica é ligada a vários pedais de<br />
processamento de si<strong>na</strong>l (2 distorçores; 1 de chorus; 1 whawha<br />
e 1 reverb), que por sua vez transportam o som para<br />
um amplificador de guitarra eléctrica que o envia para a<br />
mesa de mistura de som.<br />
A guitarra electroacústica funcio<strong>na</strong> como ponto<br />
intermédio de sonoridade e traz um aproximar do acústico<br />
ao conjunto de elementos sonoros digitais<br />
Controladores Virtuais<br />
Um controlador está <strong>na</strong> mão da performer e é<br />
constituído por 3 sensores de luz e um microfone, a<br />
guitarra virtual é constituída por 16 sensores de luz e 4<br />
potenciómetros colocados sob uma guitarra eléctrica sem<br />
cordas nem pik-up.<br />
Os sensores r<strong>ea</strong>gem às variações de luz e enviam o si<strong>na</strong>l<br />
a<strong>na</strong>lógico para um conversor de si<strong>na</strong>l eléctrico para MIDI<br />
(i-Cube), passando assim a ser reconhecíveis pela unidade<br />
de síntese central no computador, através de um interface<br />
MIDI.<br />
Os dois controladores comunicavam desta forma com a<br />
unidade de síntese central e permitiam que o gesto fosse<br />
quantificado através de notas MIDI.<br />
A guitarra virtual só usava este map<strong>ea</strong>mento para<br />
transformar o movimento em si<strong>na</strong>l sonoro e usava dois<br />
módulos de processamento : um de síntese FM e outro de<br />
Sampling.<br />
A síntese FM é feita em 16 osciladores digitais, que por<br />
sua vez são modulados por 16 osciladores de baixa<br />
frequência (LFO), que utilizam os 16 sensores de luz<br />
dispostos ao longo do braço da guitarra para modular o<br />
som.<br />
O controlo da síntese era feito da seguinte forma: um<br />
potenciómetro definia a frequência fundamental (a<br />
frequência base), esta ia ser modulada por cada um dos<br />
osciladores de baixa frequência. Cada sensor de luz ao<br />
longo do braço da guitarra tinha uma frequência<br />
fundamental diferente, definida em função da frequência<br />
base que variava através do potenciómetro, aliada à<br />
variação previamente quantificada, que correspondia a um<br />
factor de escala de 300Hz por sensor. Desta forma, a<br />
frequência fundamental a modular ia variando do mais<br />
grave para o mais agudo ao longo do braço da guitarra.<br />
A frequência fundamental de cada oscilador base, foram<br />
moduladas em frequência e amplitude, pelos osciladores<br />
de baixa frequência a partir da variação da intensidade de<br />
luz captada pelo sensor.<br />
Foi definida a ausência de luz como o ponto de<br />
amplitude máxima. Desta forma ao deixar de pressio<strong>na</strong>r<br />
no sensor, permitindo a entrada da luz definida como base,<br />
a síntese continuava a ser feita mas não se ouvia.<br />
A samplagem possuía uma base de funcio<strong>na</strong>mento<br />
semelhante. Cada sensor de luz servia como activador de<br />
um som pré -recolhido, respeitando uma frequência<br />
fundamental, disposta ao longo do braço do mais grave<br />
para o mais agudo.<br />
Mas isto não implicava que um som tivesse de entrar<br />
integralmente, pois a sensibilidade à luz era igual à da<br />
síntese FM. Quanto menos luz entrasse no sensor, maior<br />
era a amplitude do sampler.<br />
Estes dois módulos estavam em permanente<br />
funcio<strong>na</strong>mento, e a predominância de cada um era gerida<br />
nos quatro potenciómetros que estavam divididos em dois<br />
grupos: Dois para gerir as amplitude do conjunto dos<br />
osciladores, e dois para controlarem o volume total da<br />
samplagem. Desta maneira havia controle total das<br />
relações de amplitudes entre estes dois tipos sonoros,<br />
podendo optar ape<strong>na</strong>s por um ou por outro.<br />
O controlador de mão ao contrário da Guitarra<br />
necessitava de uma fonte sonora r<strong>ea</strong>l que depois<br />
controlava e alterava através dos sensores. O microfone<br />
captava som que era direccio<strong>na</strong>do, exclusivamente ao<br />
computador e à unidade de síntese. Esta ligava-o a três<br />
módulos de geração de som:<br />
O primeiro módulo a<strong>na</strong>lisava em tempo r<strong>ea</strong>l, o attack<br />
produzido no microfone e transformava-o <strong>na</strong> frequência<br />
fundamental de uma sinusóide com um segundo de<br />
duração.<br />
O segundo permitia a r<strong>ea</strong>lização, em tempo r<strong>ea</strong>l, de<br />
síntese granular com o som proveniente do microfone.<br />
Eram extraídos grãos e síntese controlados através dos três<br />
sensores. Um sensor quantificava a duração dos grãos; um<br />
segundo o número de grãos e o terceiro a to<strong>na</strong>lidade<br />
destes. A escala era a mesma da guitarra: quanto menos<br />
luz maior a duração dos grãos, maior número de grãos e o<br />
som mais agudo.<br />
No terceiro módulo era extraído um som de três<br />
segundos, som esse que era colocado em loop permitindo<br />
a geração de loops com cadências que marcavam a<br />
composição<br />
VI. CONCLUSÃO<br />
A performance decorreu no dia 24 de Abril de 2003 e<br />
foi documentada em vídeo. 1<br />
A análise posterior permite concluir que a peça resultou<br />
num projecto artístico significativo. A expressividade<br />
1 Este vídeo está disponível:<br />
http://www.artes.ucp.pt/citar/sersonico.htm<br />
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Copyright © ARTECH 2004 – 1º Workshop Luso-Galaico de <strong>Arte</strong>s Digitais 12 de Julho de 2004, FC - UL