NA SENDA DA IMAGEM A Representação ea Tecnologia na Arte
NA SENDA DA IMAGEM A Representação ea Tecnologia na Arte
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Fig. 11 Imagens das panorâmicas que contêm as doze<br />
estórias<br />
concordâncias, de jogo de luz e sombra, de<br />
visível e invisível, de transparente e opaco cria<br />
ritmos diferentes entre as várias fases do<br />
conceito.<br />
“Diferentes elementos visuais e verbais têm<br />
contacto e chocam no espaço da mesma forma<br />
que o som e a imagem, se misturam no cinema e<br />
no vídeo”. [9]<br />
As tipografias projectadas criam esculturas<br />
<strong>na</strong>s telas de projecção. A luz habita o espaço da<br />
obra de forma a que as imagens fiquem<br />
projectadas nos corpos das pessoas que estão a<br />
usufruir do espaço.<br />
‘The face scr<strong>ea</strong>ms, and the vibrations<br />
produced by the sound cause the image to<br />
dissolve, l<strong>ea</strong>ving only the equipment that made<br />
it app<strong>ea</strong>r. The r<strong>ea</strong>lity of the piece is thus<br />
technology itself. Which both allows us to<br />
present ourselves and contains our presence.<br />
The rest is only the product of our own<br />
imagi<strong>na</strong>tion, f<strong>ea</strong>r, and hope.’ [17]<br />
O som tenta antecipar as opções do utilizador<br />
e acentuar as transições visuais e as passagens<br />
entre os vários momentos interactivos. Funcio<strong>na</strong><br />
como um elemento guia reforçando a dimensão<br />
conceptual, ou seja, o som está directamente<br />
relacio<strong>na</strong>do com as três etapas da história da<br />
tipografia. Com a fase da escrita embrionária<br />
surge um som tribal e místico; o aparecimento<br />
da imprensa é associado a um som mecânico e<br />
repetitivo; <strong>na</strong> era digital o som é electrónico.<br />
O fluxo de som cria uma atmosfera<br />
diferenciada para cada espaço e cada momento.<br />
Assim, a música pode conduzir a um<br />
pensamento associado a um lugar, a um<br />
momento, a um tempo.<br />
O projecto tenta oferecer uma experiência<br />
diferente cada vez que é manipulado. No<br />
entanto, <strong>na</strong> ligação entre momentos interactivos,<br />
a música e o cursor, poderão ser fonte de<br />
compreensão deste projecto.<br />
O nível de al<strong>ea</strong>toriedade da obra, oferece ao<br />
jogo múltiplos caminhos, onde o utilizador tem<br />
vários papeis:<br />
. de jogador – num jogo integrado numa<br />
<strong>na</strong>rrativa, cujo objectivo é o de contar uma<br />
história e explorar as características artísticas da<br />
tipografia.<br />
. de explorador – explorando o espaço<br />
material e imaterial da peça.<br />
Um jogo onde a ludicidade se apresenta como<br />
uma estética da participação do espectador <strong>na</strong><br />
obra.<br />
“Diferente do poema visual, a tipografia<br />
digital pretende corresponder à descontinuidade<br />
do pensamento, ou seja, a percepção do<br />
holopoema não se vai dar lin<strong>ea</strong>r nem<br />
simu ltan<strong>ea</strong>mente e sim através dos fragmentos<br />
vistos al<strong>ea</strong>toriamente pelo observador conforme<br />
o seu posicio<strong>na</strong>mento em relação ao poema. A<br />
percepção no espaço de cores, volumes,<br />
transparências, mudanças de forma, posições<br />
relativas entre objectos, surgimento e<br />
desaparecimento de formas é indissociável da<br />
percepção sintáctica e semântica do texto.” [18]<br />
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Copyright © ARTECH 2004 – 1º Workshop Luso-Galaico de <strong>Arte</strong>s Digitais 12 de Julho de 2004, FC - UL