Espaços educativos e ensino de História - TV Brasil
Espaços educativos e ensino de História - TV Brasil
Espaços educativos e ensino de História - TV Brasil
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Currículo: questões atuais. Campinas: Papirus, 1997.<br />
________________. Currículo: questões atuais. Campinas: Papirus, 1997.<br />
PROST, A. Douze leçons sur l'histoire . Paris: Éditions du Seuil, 1996.<br />
Notas:<br />
1 Professora <strong>de</strong> Didática e Prática <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> <strong>História</strong> e pesquisadora do Núcleo<br />
<strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Currículo do Programa <strong>de</strong> Pós-graduação da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação<br />
da UFRJ. Mestre em <strong>História</strong> pela UFF e Doutora em Educação pela PUC-Rio.<br />
2 Este texto é uma adaptação <strong>de</strong> artigo publicado com o título “Ensino <strong>de</strong> <strong>História</strong> e<br />
<strong>História</strong> Cultural: diálogos possíveis” na obra: SOIHET,R. e outras. Culturas políticas.<br />
Ensaios <strong>de</strong> história cultural, história política e <strong>ensino</strong> <strong>de</strong> história . Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />
Mauad, 2005.<br />
3 Não <strong>de</strong>fendo aqui que todo <strong>ensino</strong> escolar é bem <strong>de</strong>senvolvido e imune a erros. A<br />
crítica, apoiada em autores que ignoram a especificida<strong>de</strong> da cultura e do saber<br />
escolar, tem, no entanto, dificultado avanços para sua melhor realização.<br />
4 Por transposição didática, Chevallard <strong>de</strong>nomina o processo que transforma um<br />
saber acadêmico em saber a ensinar e , este, em saber ensinado. Para analisar as<br />
diferenças entre os autores que operam com estes conceitos, ver Monteiro 2002 e<br />
Monteiro, 2003.<br />
5 Uma crítica à teoria da transposição didática, conforme formulada por Chevallard<br />
com base no <strong>ensino</strong> da Matemática, é feita por Caillot (1996), que discute se esta<br />
teoria é ela mesma transponível para outros campos disciplinares que não a<br />
Matemática. Ele questiona fortemente o fato <strong>de</strong> Chevallard consi<strong>de</strong>rar o saber<br />
acadêmico, científico, como a única referência para o saber ensinado, apoiando-se<br />
na sociologia do currículo que tem mostrado a complexa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> influências,<br />
interesses e saberes que entram em jogo na sua formulação. Para ele, a teoria da<br />
transposição didática tem uma valida<strong>de</strong> limitada ao campo da Matemática<br />
(Caillot,1996, p. 22-3).<br />
6 Audigier, 1988; Develay,1992; Tutiaux-Guillon (1993); Audigier, Crémieux, Tutiaux-<br />
Guillon (1994); Allieu (1995); Lautier (1997) são outros autores que, juntamente com<br />
Moniot (1993), têm procurado incorporar e reelaborar as contribuições da teoria da<br />
transposição didática ao campo da <strong>História</strong>.<br />
7 Esta observação <strong>de</strong> Moniot vem ao encontro da perspectiva <strong>de</strong> Develay, no que<br />
diz respeito aos fluxos simultaneamente ascen<strong>de</strong>ntes e <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes entre o saber<br />
escolar e o acadêmico.<br />
8 Uma excelente análise <strong>de</strong>sse processo é aquela feita por Guimarães, em artigo<br />
intitulado “Nação e civilização nos trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico<br />
<strong>Brasil</strong>eiro e o Projeto <strong>de</strong> uma <strong>História</strong> Nacional”. In: Estudos Históricos 1 - Caminhos<br />
da Historiografia . Rio <strong>de</strong> Janeiro, n.1, 1988, p.5-27.<br />
9 Na primeira meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 1990, observamos a realização <strong>de</strong> um conjunto<br />
<strong>de</strong> pesquisas que buscavam i<strong>de</strong>ntificar as concepções <strong>de</strong> <strong>História</strong> presentes no seu<br />
<strong>ensino</strong>. Discordo <strong>de</strong>ste enfoque que supõe a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre o saber acadêmico e o<br />
escolar e, por causa disso, i<strong>de</strong>ntifica como problemas ou erros aspectos que são<br />
construções tipicamente escolares. Uma nova abordagem que reconhece a<br />
especificida<strong>de</strong> da cultura escolar po<strong>de</strong> ser encontrada em Anhorn, 1999 e Monteiro,<br />
2002 .<br />
10 Acredito que a maior clareza sobre características do conhecimento histórico e da<br />
história escolar permitem que os professores possam superar visões<br />
21