16.04.2013 Views

Espaços educativos e ensino de História - TV Brasil

Espaços educativos e ensino de História - TV Brasil

Espaços educativos e ensino de História - TV Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

PROGRAMA 5<br />

ESPAÇOS EDUCATIVOS NÃO-FORMAIS E FORMAÇÃO DE<br />

PROFESSORES<br />

Para além do formar professores, professores, dialogar com as experiências vividas vividas<br />

Elison Antonio Paim 1<br />

Acabaram almejando fazer do homem um produto objetivo, negando-lhe a historicida<strong>de</strong> e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produção autônoma. (Manoel S. Matos).<br />

Pretendo aqui problematizar, através <strong>de</strong> historicização, como a racionalida<strong>de</strong> técnica instrumental<br />

“formou” e continua “formando” professores e professoras i<strong>de</strong>alizados para um dado mo<strong>de</strong>lo<br />

pautado na hierarquização e na reprodução <strong>de</strong> conteúdos prontos, <strong>de</strong>slocados das experiências<br />

vividas por eles e seus alunos. Num segundo momento, pautado em minha experiência como<br />

professor da Prática <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> <strong>História</strong> e formação continuada <strong>de</strong> professores, aponto algumas<br />

consi<strong>de</strong>rações procurando ir além da perspectiva <strong>de</strong> “formação” pensando que há um fazer-se, um<br />

construir-se dos professores e professoras <strong>de</strong> forma relacional com outros sujeitos. Parto do<br />

pressuposto <strong>de</strong> que, nós acadêmicos, precisamos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> olhar para ou sobre o professor e sim<br />

dialogarmos <strong>de</strong>ntro das diferenças e especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nossos saberes.<br />

Com o avanço da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> capitalista, sobretudo a partir da segunda meta<strong>de</strong> do século XIX, a<br />

ciência e a técnica passaram a agir em conjunto, tentando controlar, racionalizar, medir, comprovar,<br />

avaliar as ações humanas. Acabaram almejando fazer do homem um produto objetivo, negando-lhe<br />

a historicida<strong>de</strong> e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção autônoma, gerando a racionalida<strong>de</strong> técnica instrumental.<br />

A técnica associou-se ao fazer e a ciência ao como fazer . A técnica não se resume à invenção e ao<br />

uso <strong>de</strong> instrumentos; caracteriza-se por uma intencionalida<strong>de</strong>, ou seja, há uma pre<strong>de</strong>terminação na<br />

elaboração e usos da técnica, justificável a partir da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aperfeiçoamento das ações<br />

humanas.<br />

As artes <strong>de</strong> fazer, as técnicas, estão divididas em diferentes aspectos e princípios. Por um lado, estão<br />

voltadas para aqueles que explicam tudo pela técnica, as chamadas ciências exatas e, por outro, para<br />

aqueles que relativizam <strong>de</strong>terminados aspectos, ou percebem que nem tudo é possível <strong>de</strong> ser<br />

44

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!