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Espaços educativos e ensino de História - TV Brasil

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Escola, memória e espaços <strong>educativos</strong> não-formais<br />

Na perspectiva dos Estudos Culturais, segundo Tomaz Ta<strong>de</strong>u da Silva (1999), a cultura é<br />

pedagógica e a pedagogia é cultural. Diversos programas <strong>de</strong> televisão, mesmo que não tenham o<br />

objetivo explícito <strong>de</strong> ensinar, educam. Por outro lado, toda a pedagogia está inserida num contexto<br />

histórico e cultural. Todo conhecimento se constrói, portanto, num sistema <strong>de</strong> significados.<br />

A escola não é o único “lugar <strong>de</strong> conhecimento” e, portanto, <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong>s,<br />

como nos afirma o autor. Existem outros espaços <strong>de</strong> saber que também educam – espaços não-<br />

formais <strong>de</strong> educação –, como museus, arquivos, programas <strong>de</strong> televisão e/ou rádio (<strong>educativos</strong> ou<br />

apenas <strong>de</strong> lazer), filmes, peças <strong>de</strong> teatro, músicas, espaços <strong>de</strong> exposições etc.<br />

Os museus, arquivos, locais <strong>de</strong> exposições e outros lugares <strong>de</strong> memória possuem cultura própria,<br />

ritos e códigos específicos. Por outro lado, as escolas apresentam universos particulares, também<br />

com lógica própria. Faz-se necessária, então, a busca <strong>de</strong> caminhos para a construção <strong>de</strong> uma<br />

pedagogia <strong>de</strong> museus, como nos afirma Marandino (2000). Esta autora nos alerta para a necessida<strong>de</strong><br />

da construção <strong>de</strong> uma pedagogia <strong>de</strong> museus, levando em consi<strong>de</strong>ração a especificida<strong>de</strong> pedagógica<br />

dos museus para otimizar as visitas escolares. Não se trata, segundo a autora, <strong>de</strong> opor o museu à<br />

escola, mas <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir as especificida<strong>de</strong>s relacionadas ao lugar, ao tempo e aos objetos no espaço do<br />

museu, o que é essencial e <strong>de</strong>ve ser incluído na formação <strong>de</strong> educadores numa didática <strong>de</strong> museu.<br />

Nesse sentido, po<strong>de</strong>ríamos ampliar esse entendimento não só para museus, como também para<br />

outros espaços <strong>educativos</strong>: exposições, arquivos públicos, centros culturais, arquitetura <strong>de</strong> ruas<br />

antigas, monumentos etc.<br />

Vários motivos levam os professores a buscar os espaços <strong>educativos</strong> não-formais como lugares<br />

alternativos <strong>de</strong> aprendizagem. Dentre tais objetivos, estariam a apresentação interdisciplinar dos<br />

temas, a interação com o cotidiano dos estudantes e, por fim, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliação cultural<br />

proporcionada pela visita. Assim, as visitas teriam o objetivo <strong>de</strong> fazer uma alfabetização científica<br />

do cidadão. Para isso, trabalha-se com elementos <strong>de</strong> relevância social que informam os indivíduos e<br />

os conscientizam <strong>de</strong> problemas político-sociais.<br />

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