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Espaços educativos e ensino de História - TV Brasil

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aquisição <strong>de</strong> competências e habilida<strong>de</strong>s, voltadas para a aplicação <strong>de</strong> teorias e técnicas. Des<strong>de</strong><br />

então os professores vinham sendo formados como “um especialista que rigorosamente põe em<br />

prática as regras científicas e/ou pedagógicas” (PEREIRA, 2002), ou ainda, como “tecnólogo do<br />

<strong>ensino</strong>” (VEIGA, 2002). Formados para “serem ensinantes, para transmitir conteúdos, programas,<br />

áreas e disciplinas <strong>de</strong> <strong>ensino</strong>” (ARROYO, 2000). Portanto, o perfil <strong>de</strong> professor <strong>de</strong>sejado para essa<br />

concepção era aquele que <strong>de</strong>veria dominar o saber disciplinar (BOLÍVAR, 2002).<br />

Ao realizar a adoção extremada dos princípios da racionalida<strong>de</strong>, o sistema educacional foi<br />

possibilitando brechas para que os próprios professores, ao resistirem a <strong>de</strong>terminadas imposições,<br />

<strong>de</strong>senvolvessem mecanismos que minaram as estruturas do mo<strong>de</strong>lo, realizando, assim, ativida<strong>de</strong>s<br />

educativas em que alunos e professores tornam-se produtores <strong>de</strong> conhecimento.<br />

O que impe<strong>de</strong> a racionalida<strong>de</strong> técnica <strong>de</strong> se concretizar plenamente é que as situações <strong>de</strong> <strong>ensino</strong>, por<br />

um lado, são incertas, únicas, variáveis, complexas e portadoras <strong>de</strong> conflitos <strong>de</strong> valores na <strong>de</strong>finição<br />

das metas e na seleção dos meios; por outro lado, não existe uma teoria científica única e objetiva,<br />

que permita uma i<strong>de</strong>ntificação unívoca <strong>de</strong> meios, regras e técnicas a utilizar na prática, uma vez<br />

i<strong>de</strong>ntificado o problema e clarificadas as metas. A perspectiva da racionalida<strong>de</strong> técnica é simplista<br />

ao conceber o professor apenas como um canal <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> saberes produzidos por outros.<br />

Isto porque ,<br />

(...) nega a subjetivida<strong>de</strong> e saberes dos professores e dos alunos como agentes no processo educativo,<br />

e parece <strong>de</strong>sconhecer a crise <strong>de</strong> paradigmas no campo do conhecimento científico nas últimas<br />

décadas. A provisorieda<strong>de</strong>, o questionamento das verda<strong>de</strong>s, o pluralismo metodológico, os critérios<br />

<strong>de</strong> validação do conhecimento científico revelam que no mínimo é preciso perguntar que<br />

conhecimento estamos ensinando e queremos ensinar (MONTEIRO, 2002, p. 13).<br />

Embora pareça distante e irreal nos dias <strong>de</strong> hoje, essa perspectiva <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores não<br />

está morta; pelo contrário, ressurge com muita força através <strong>de</strong> iniciativas governamentais, como os<br />

PCN, Diretrizes Curriculares e Propostas Curriculares, que têm sido implantados em vários países,<br />

inclusive no <strong>Brasil</strong>. Essas “mudanças” vêm numa perspectiva <strong>de</strong> reforçar a separação entre os que<br />

pensam e os que fazem, em que o professor i<strong>de</strong>alizado é o que possui competências e habilida<strong>de</strong>s.<br />

Todas essas propostas vêm com algumas categorias comuns, tais como habilida<strong>de</strong>s, competências,<br />

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