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têm coleta de esgoto, sendo que 21%<br />
utilizam fossa séptica. Considerando o<br />
total de esgoto coletado, ape<strong>na</strong>s 20% recebem<br />
algum tipo de tratamento, sendo<br />
o restante jogado diretamente nos rios.<br />
As zo<strong>na</strong>s metropolita<strong>na</strong>s de São Paulo,<br />
Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e<br />
Vitória são as que estão hoje em situação<br />
preocupante (ANA - Conjuntura dos Recursos<br />
Hídricos no Brasil, 2009).<br />
Em contrapartida, iniciativas tímidas<br />
têm sido adotadas para despoluir e melhorar<br />
as condições dos rios urbanos.<br />
Como exemplo em Curitiba, no Rio Belém,<br />
tem-se desenvolvido atividades junto<br />
à população local, conscientizando-os<br />
sobre a importância de não poluir o rio.<br />
Pelo projeto, estima-se que, deixando a<br />
população de poluir, o rio Belém poderá<br />
voltar a ter águas cristali<strong>na</strong>s e animais<br />
aquáticos em um período de 04 anos<br />
(Jor<strong>na</strong>l Estado do Paraná).<br />
A SABESP (Companhia de Saneamento<br />
Básico do Estado de São Paulo)<br />
coleta 84% do esgoto produzido <strong>na</strong> região<br />
metropolita<strong>na</strong> de São Paulo, tratando<br />
ape<strong>na</strong>s 68% deste volume, portanto,<br />
ainda são despejados, diariamente, nos<br />
rios Pinheiros e Tiête, cerca de 1,67<br />
bilhão de litros de esgoto. Não obstante,<br />
a SABESP retira, todos os dias, dos<br />
referidos rios, 100 toneladas de resíduos<br />
sólidos. Atualmente estes rios são<br />
classificados em nível 4, ou seja, quase<br />
impossíveis de serem tratados (GLOBO.<br />
COM - 09/04/2009).<br />
Se por um lado, no setor rural é obri-<br />
gatória a manutenção das matas ciliares<br />
protegendo os rios, <strong>na</strong>scentes e lagos;<br />
no ambiente urbano tal regramento não<br />
é cumprido. Como exemplo, cita-se as<br />
margens do rio Tiete em São Paulo, Rio<br />
Belém em Curitiba, entre outros casos.<br />
Uma das causas, constatada no setor<br />
urbano, de desrespeito à mata ciliar, é a<br />
expansão da construção civil, que ocorre<br />
<strong>na</strong> maioria das cidades de forma desorde<strong>na</strong>da<br />
e à margem da legalidade.<br />
A geração de lixo <strong>na</strong>s cidades brasileiras,<br />
segundo dados da última Pesquisa<br />
Nacio<strong>na</strong>l de Saneamento Básico (IBGE,<br />
2000), é superior a 125 mil toneladas por<br />
dia. Destas, ao menos 30% é desti<strong>na</strong>do<br />
para os lixões e depósitos a céu aberto,<br />
sem nenhum tipo de tratamento.<br />
Alguns municípios, por outro lado,<br />
<strong>na</strong> tentativa de minimizar o problema,<br />
possuem aterros sanitários, inclusive com<br />
projetos de mecanismo de desenvolvimento<br />
limpo. De qualquer forma, a reciclagem,<br />
que seria o melhor destino para<br />
o lixo urbano ainda é mínima, ape<strong>na</strong>s 6%<br />
das cidades do país possuem programas<br />
de coleta seletiva estruturada para reciclar<br />
os detritos gerados pela sua população.<br />
As pilhas e baterias contêm metais<br />
pesados como chumbo, cádmio, arsênio<br />
e mercúrio, razão pela qual, são consideradas<br />
perigosas fontes de contami<strong>na</strong>ção.<br />
Apesar do órgão competente, através de<br />
resolução específica (CONAMA 257/99 e<br />
401/08), responsabilizando os fabricantes<br />
e importadores pela coleta e armaze<strong>na</strong>mento<br />
destes produtos, pouco se vê da<br />
P r o p o s t a s d a s c o o p e r a t i v a s a o s c a n d i d a t o s a o G o v e r n o d o P a r a n á • J u l h o 2 0 1 0<br />
55<br />
efetividade das normativas, uma vez que,<br />
em grande parte, as pilhas e baterias são<br />
descartadas em lixões e aterros sanitários.<br />
A exposição aos metais pesados, por<br />
sua vez, pode ocasio<strong>na</strong>r vários tipos de<br />
câncer, problemas no sistema nervoso<br />
central, nos rins, no fígado, nos pulmões,<br />
além de provocar má-formação de fetos.<br />
Não obstante, ao infiltrarem no solo,<br />
comprometem os ma<strong>na</strong>nciais e, assim,<br />
entram <strong>na</strong> cadeia alimentar, atingindo o<br />
meio ambiente de forma generalizada.<br />
No Brasil, através da pesquisa de<br />
Indicadores do Desenvolvimento Sustentável<br />
(IBGE, 2008), demonstrouse<br />
que o maior causador da poluição<br />
atmosférica é o aumento <strong>na</strong> frota de<br />
veículos. Esta situação compromete<br />
principalmente a qualidade do ar das<br />
grandes cidades, em razão da emissão<br />
de poluentes como o dióxido de carbono.<br />
Em 2007, conforme a FENABRAVE/<br />
PR, no Paraná, registrou-se uma frota<br />
de 3,9 milhões de veículos, sendo um<br />
milhão registrado, ape<strong>na</strong>s, em Curitiba.<br />
Situação preocupante, uma vez que contribui<br />
exponencialmente para o aumento<br />
da concentração dos poluentes atmosféricos,<br />
intensificando, desta maneira, os<br />
problemas do efeito estufa.<br />
A poluição atmosférica é, também,<br />
conseqüência das instalações industriais<br />
e da queima indiscrimi<strong>na</strong>da do<br />
lixo, formas de poluição que contribuem<br />
para a concentração de monóxido e dióxido<br />
de carbono, dióxido de enxofre,<br />
monóxido de nitrogênio, chumbo, entre<br />
Encarte Especial