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Representações Sociais da Diversidade Cultural na Formação ...

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familiar e social, pode gerar o fracasso e a exclusão <strong>da</strong>s mesmas. A representação social <strong>da</strong><br />

diversi<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> diferença e do “outro” gera comportamentos, identi<strong>da</strong>des e justifica condutas<br />

assumi<strong>da</strong>s pelos atores sociais no cotidiano do espaço escolar.<br />

Existe uma tendência de incluir <strong>na</strong> categoria “nós” ape<strong>na</strong>s as pessoas e grupos que se afinizam<br />

com nossos marcadores identitários, tais como classe social, etnia, gênero, orientação sexual,<br />

profissão, etc. Os “outros” são os que se confrontam com esses marcadores. Skliar e<br />

Duschatzky (2001) afirmam que o outro pode ser visto como fonte de todo o mal; como<br />

sujeito pleno de um grupo cultural e como alguém a tolerar.<br />

Na primeira visão, existe uma hierarquização entre o “nós” e os “outros” que situa os<br />

segundos num patamar negativo, de inferiori<strong>da</strong>de. Essa maneira de olhar tende a promover a<br />

subjugação, o silenciamento e até mesmo a elimi<strong>na</strong>ção dos que são vistos como fonte de todo<br />

o mal. Ver o “outro” como sujeito pleno de um grupo social, produz uma tendência a<br />

essencializar as diferenças considerando uma determi<strong>na</strong><strong>da</strong> cultura como uma comuni<strong>da</strong>de<br />

homogênea de crenças e estilos de vi<strong>da</strong>. Por fim, segundo os autores citados (ibid), olhar para<br />

o “outro” como alguém a tolerar produz a aceitação <strong>da</strong> diferença <strong>na</strong>s relações entre os<br />

sujeitos. Apesar de existirem outras formas de encararmos os “outros”, essas três categorias<br />

parecem expressar de acordo com Skliar e Duschtaszky (ibid), as posições mais frequentes <strong>na</strong><br />

socie<strong>da</strong>de.<br />

Assim, em relação à representação <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de, do “outro”, <strong>da</strong> diferença, é importante que<br />

o futuro professor perceba com clareza a existência de preconceitos e discrimi<strong>na</strong>ções, bem<br />

como a necessi<strong>da</strong>de do respeito e do diálogo, uma vez que<br />

108<br />

O “arco-íris de culturas” em nossas escolas faz com que o trabalho docente seja mais<br />

complexo, difícil mesmo. Deman<strong>da</strong> considerar como se faz viável despertar o<br />

interesse de alunos tão diferentes, atender às especifici<strong>da</strong>des de distintos grupos,<br />

problematizar relações de poder que justificam situações de opressão, assim como<br />

facilitar a aprendizagem de todos os estu<strong>da</strong>ntes. Ao mesmo tempo, a multiplici<strong>da</strong>de<br />

de manifestações culturais e de identi<strong>da</strong>des tor<strong>na</strong> a sala de aula rica, plural,<br />

estimulante, desafiante. (MOREIRA e CÂMARA, 2008, p. 46)<br />

A identificação dos elementos principais respeito/preconceito/diferença, <strong>na</strong>s representações<br />

sociais dos alunos concluintes sobre diversi<strong>da</strong>de cultural não significa que nos elementos do<br />

sistema periférico, não tenham sido encontra<strong>da</strong>s palavras/expressões liga<strong>da</strong>s ao Brasil, suas<br />

regiões e ao aspecto mais folclórico <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de cultural. Ocorre que essas são menos

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