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Representações Sociais da Diversidade Cultural na Formação ...

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(teórica) <strong>da</strong>s práticas e <strong>da</strong> ressignificação <strong>da</strong>s teorias a partir dos conhecimentos <strong>da</strong> prática<br />

(práxis)” (PIMENTA, 2005, p. 44)<br />

As idéias de Schön vêm tendo grande repercussão no meio educacio<strong>na</strong>l, tanto no Brasil<br />

quanto fora dele, desde 1998, quando foi publicado nos EUA a obra contendo sua tese de<br />

doutorado. Apesar de ser um estudo relativamente recente para os padrões acadêmicos,<br />

Dickel (2003) lembra que a figura do professor pesquisador é mais antiga e resgata as<br />

contribuições de Lawrence Stenhouse, <strong>na</strong>s déca<strong>da</strong>s de 60/70 do século passado. Já <strong>na</strong>quela<br />

época, Stenhouse fazia uma defesa veemente <strong>da</strong> democratização <strong>da</strong> pesquisa em educação.<br />

Além de criar um centro de ensino e pesquisa voltado à investigação realiza<strong>da</strong> pelos<br />

professores, chegou a afirmar que pesquisa adequa<strong>da</strong> é a que desenvolve teoria que pode ser<br />

comprova<strong>da</strong> pelo professor. Cumpre lembrar também que o próprio Schön (2000) partiu <strong>da</strong>s<br />

idéias de Dewey – experiência/reflexão <strong>na</strong> experiência - e de Luria – conhecimento tácito –<br />

para fun<strong>da</strong>mentar sua proposta de professor reflexivo.<br />

Perez-Gomez (2002) destaca ain<strong>da</strong> que vários autores convergem em concepções e<br />

denomi<strong>na</strong>ções semelhantes, como por exemplo: professor pesquisador/investigador, professor<br />

como prático reflexivo, professor como artista reflexivo etc. Objetivamente porém, essas<br />

concepções se baseiam num conjunto de princípios de formação inicial ou continua<strong>da</strong> que<br />

abrange a prática, entendi<strong>da</strong> como estudo e análise do ato de ensi<strong>na</strong>r, como o eixo central do<br />

currículo; a negação <strong>da</strong> dicotomia teoria/prática; o entendimento <strong>da</strong> prática como ato criativo<br />

e investigativo; a importância de uma boa relação entre instituição formativa/escola;<br />

formadores eficientes.<br />

Em relação ao saberes docentes, uma gama de autores vem desenvolvendo essa vertente. O<br />

trabalho de Lee Schulmann surge nos EUA, <strong>na</strong> segun<strong>da</strong> metade <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1980, no<br />

contexto <strong>da</strong> crise educacio<strong>na</strong>l norte-america<strong>na</strong> e do descontentamento geral com as facul<strong>da</strong>des<br />

de educação pela má formação dos professores. Em sua teoria, Schulmann (1986) classifica<br />

os saberes envolvidos <strong>na</strong> ativi<strong>da</strong>de educacio<strong>na</strong>l em três tipos de conhecimento: de conteúdo –<br />

específico <strong>da</strong> área de conhecimento de que se é especialista (e aqui ele recor<strong>da</strong> que a<br />

transposição didática é o que diferencia o licenciado do bacharel); pe<strong>da</strong>gógico do conteúdo –<br />

forma de que o professor lança mão para transformar conteúdo para ser aprendido e curricular<br />

– conjunto de conteúdos a ser ensi<strong>na</strong>do nos diferentes níveis e séries e respectivos materiais<br />

didáticos.<br />

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