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Representações Sociais da Diversidade Cultural na Formação ...

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Multiculturalismo<br />

O multiculturalismo- segun<strong>da</strong> categoria do estudo- é polissêmico (CANEN, 2007). Trabalhar<br />

<strong>na</strong> perspectiva do multiculturalismo crítico – uma de suas vertentes - significa observar seus<br />

potenciais para a formação docente apta a questio<strong>na</strong>r e desafiar preconceitos, de modo a que,<br />

ain<strong>da</strong> que reconhecendo o peso de fatores macro estruturais <strong>na</strong> educação, se possa, no espaço<br />

intra-escolar, trabalhar no sentido de minimizar as variáveis ali presentes, por intermédio de<br />

representações sociais que contribuam <strong>na</strong> construção e reconstrução identitária mais aberta à<br />

diversi<strong>da</strong>de, à formação de identi<strong>da</strong>des institucio<strong>na</strong>is democráticos e com a abor<strong>da</strong>gem do<br />

ensino e <strong>da</strong> aprendizagem em perspectivas igualmente valorizadoras <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de de nossos<br />

alunos e escolas concretos.<br />

Observa-se dessa forma, a urgência de aperfeiçoamento dos cursos de formação inicial para<br />

que os futuros professores possam rever, questio<strong>na</strong>r e reelaborar suas representações à luz do<br />

aporte do multiculturalismo crítico e <strong>da</strong> análise de situações concretas de ensino, preparando-<br />

se para o desafio que o fracasso escolar e a quali<strong>da</strong>de de ensino significam para a atuação<br />

docente. Canen (2001), ao comentar a relação entre multiculturalismo e representações <strong>na</strong><br />

formação de professores afirma que tal perspectiva.<br />

Implica em reconhecer que a sensibilização intercultural não pode ser concebi<strong>da</strong> de<br />

forma dissocia<strong>da</strong> <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de do cotidiano docente, de suas representações e de seu<br />

saber sob pe<strong>na</strong> de se proceder à elaboração de programas e documentos curriculares<br />

que não se consubstanciem em práticas pe<strong>da</strong>gógicas transformadoras (CANEN,<br />

2001, p. 212)<br />

<strong>Representações</strong> <strong>Sociais</strong> associa<strong>da</strong>s à homogeneização podem gerar práticas discrimi<strong>na</strong>tórias e<br />

excludentes com relação àqueles que não se encaixem num modelo único de aluno em termos<br />

de identi<strong>da</strong>de e desempenho. Stoer e Cortesão (1999, p. 25) denomi<strong>na</strong>m de <strong>da</strong>ltônico cultural<br />

o professor que “não se mostra sensível à heterogenei<strong>da</strong>de, ao arco-íris de culturas que tem<br />

<strong>na</strong>s mãos quando trabalha com seus alunos”.<br />

Ain<strong>da</strong>, segundo Can<strong>da</strong>u (2006), existe uma lacu<strong>na</strong> no que se refere à interseção entre estudos<br />

sobre universos culturais e aqueles sobre representações e saber docente por isso, tor<strong>na</strong>-se<br />

promissora a abor<strong>da</strong>gem de pesquisa que busque, já <strong>na</strong> formação inicial dos professores,<br />

compreender as representações sobre temas como diversi<strong>da</strong>de cultural e diálogo intercultural<br />

a fim de promover a elaboração de estratégias que “permitam uma atitude de visualização de<br />

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