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Representações Sociais da Diversidade Cultural na Formação ...

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O destaque de sua teoria está em enfatizar o papel do professor <strong>na</strong> elaboração de um<br />

conhecimento particular: o conhecimento pe<strong>da</strong>gogizado, que inclui formas mais comuns de<br />

representação <strong>da</strong>s idéias, a<strong>na</strong>logias poderosas, ilustrações, exemplos, explicações e<br />

demonstrações, ou seja, “os modos de representar e formular o assunto de forma a torná-lo<br />

compreensível para os outros. Inclui também aquilo que faz a aprendizagem de um<br />

determi<strong>na</strong>do assunto fácil ou difícil, possível” (MONTEIRO, 2001, p. 8). O conhecimento<br />

pe<strong>da</strong>gogizado é portanto, o espaço de produção de saberes em situação, seja <strong>na</strong> atuação<br />

profissio<strong>na</strong>l propriamente dita, seja no processo de formação. Para Schulman, a licenciatura<br />

deve ser um espaço de reeducação, onde os sujeitos possam rever, questio<strong>na</strong>r e reelaborar<br />

vivências.<br />

Tardif (2002) também chama a atenção para a importância de identificar no professor um<br />

sujeito ativo <strong>na</strong> produção de saberes ain<strong>da</strong> <strong>na</strong> formação profissio<strong>na</strong>l. Divide esses saberes no<br />

entanto, de maneira diversa. Para ele, há os saberes <strong>da</strong> formação profissio<strong>na</strong>l enquanto<br />

conjunto de saberes transmitidos pelas instituições de formação de professores ( <strong>da</strong>s ciências<br />

<strong>da</strong> educação e ideologia pe<strong>da</strong>gógica); os saberes discipli<strong>na</strong>res – que correspondem aos<br />

diversos campos do conhecimento e emergem <strong>da</strong> tradição cultural e dos grupos produtores de<br />

saberes; saberes curriculares – aqueles que se apresentam sob forma de programas e saberes<br />

experienciais, que emergem <strong>da</strong> prática cotidia<strong>na</strong> e <strong>da</strong>s vivências e experiências anteriores à<br />

formação.<br />

A eficiência <strong>da</strong> ação docente está <strong>na</strong> capaci<strong>da</strong>de de integrar, domi<strong>na</strong>r e mobilizar tais saberes.<br />

Nem sempre, porém, isso ocorre e nem sempre o que predomi<strong>na</strong> <strong>na</strong> prática profissio<strong>na</strong>l são<br />

os conhecimentos adquiridos <strong>na</strong> instituição formadora. Muitas vezes, os professores<br />

produzem saberes através dos quais domi<strong>na</strong> sua prática, permitindo distanciar-se dos saberes<br />

adquiridos fora dela. Por isso, <strong>na</strong> concepção de Tardif (ibid), é extremamente importante o<br />

trabalho com a autobiografia de futuros professores e atuais regentes, pois principalmente os<br />

saberes experienciais decorrem em grande parte <strong>da</strong>s pré concepções de ensino her<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

história escolar. Assim, Tardif (2002) afirma que<br />

Os saberes experienciais surgem como núcleo vital do saber docente, núcleo a partir<br />

do qual os professores tentam transformar suas relações de exteriori<strong>da</strong>de com os<br />

saberes em relações de interiori<strong>da</strong>de com sua própria prática. Nesse sentido, os<br />

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