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A experiência corporal<br />
Alguns leitores, poderão interrogar-se sobre a pertinência deste capítulo uma vez que não<br />
concebem qualquer outra forma de experiência que não seja aquela que o corpo lhes<br />
proporciona. No entanto garanto-lhes que é pertinente questionar o inquestionável como<br />
única forma de permitir que surjam nas vossas consciências novas realidades nunca<br />
antes experimentadas e que vos aproximarão do conhecimento duma realidade tão<br />
fantástica que apenas poderá ser aflorada. A nossa verdadeira realidade.<br />
Re-conhecer (conhecer de novo) é a razão pela qual vivenciamos as nossas experiências<br />
corporais. Duma maneira perfeita, a Inteligência Universal utiliza um equívoco feito por<br />
nós, a realidade corporal, para através dela e das experiências que iremos re-viver neste<br />
mundo, lembrarmo-nos final<strong>mente</strong>, quem somos. De qual é a nossa verdadeira realidade.<br />
Nada poderia ser mais perfeito. Utilizar o próprio erro como meio para o desfazer.<br />
Será um período de muitos triliões de anos de aprendizagem parte dos quais já<br />
passaram. As mudanças e a compreensão virão à nossa consciência duma forma subtil e<br />
irreversível para que, este equívoco cometido pelo nosso Ser, ou seja a consciência<br />
limitada de que somos um corpo que nasce, vive um tempo e morre, não volte a ser<br />
possível. Para que não volte a existir o mundo da ilusão. Para que a consciência de um<br />
mundo imperfeito se transforme gradual<strong>mente</strong> num mundo feliz antes da consciência final<br />
da nossa identidade.<br />
Estamos convictos da nossa realidade corporal porque dela temos consciência desde os<br />
primeiros anos da nossa vida. Curiosa<strong>mente</strong> ninguém se lembra do dia em que nasceu.<br />
Diaria<strong>mente</strong> somos bombardeados com conselhos de como tratar o nosso corpo, proteger<br />
a sua saúde, como o embelezar, as ocorrências mortais com que as televisões costumam<br />
abrir os seus noticiários, alguém conhecido que morreu, uma criança que nasce, uma<br />
casa mais confortável, novos modelos de roupa, enfim uma variedade infinita de<br />
mensagens que não nos deixam esquecer a nossa identificação com o corpo físico. Se<br />
quiséssemos levar alguém a acreditar que era um corpo, não o sendo, não haveria<br />
maneira mais convincente de o fazer.<br />
Vemos o que queremos acreditar e acreditamos no que vemos.<br />
A maioria acredita que no seu “eu” físico e psicológico, que vive num universo físico que<br />
preexistia à sua chegada, e que sobrevirá depois da sua partida. A dificuldade em<br />
compreender que não é esse o caso está relacionado com o facto de estarmos tão<br />
identificados com o nosso “eu” corporal, que se torna quase impossível conceber outra<br />
existência ao nível da <strong>mente</strong> e que está fora do conceito do tempo e do espaço.<br />
O livro “Curso em Milagres”, explica metafórica<strong>mente</strong> que, quando um pensamento de<br />
separação pareceu ocorrer ao Filho de Deus, este pareceu ter caído num sono e ter<br />
sonhado um sonho, cujo conteúdo é o de que a unicidade se converteu em multiplicidade,<br />
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