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A mente - Homeos.pt

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O mundo<br />

“Podes pintar uns lábios cor-de-rosa a um esqueleto, vesti-lo com o que é belo,<br />

agradá-lo e mimá-lo e fazê-lo viver?<br />

E podes ficar contente com uma ilusão de que estejas vivendo?”<br />

72<br />

A Course in Miracles<br />

Tudo o que percepcionamos com os nossos sentidos compõe a nossa realidade. Esta<br />

realidade não é questionada porque aparente<strong>mente</strong> não temos razão para o fazer. No<br />

entanto, a razão porque não o fazemos é por medo inconsciente do que pensamos ser<br />

desconhecido para nós. O nosso ego justifica esse medo através dos acontecimentos<br />

da vida, nomeada<strong>mente</strong> através da dor e do sofrimento. Que objectivo haverá então<br />

para a existência desta realidade percepcionada pelo ser humano? Não há ninguém<br />

que intuitiva<strong>mente</strong>, embora por momentos muitos fugazes, não se interrogue. Quem<br />

sou eu? Deus existe? Que existirá para além da morte?<br />

Esta é a realidade do mundo da forma física. Tudo tem uma forma. É o mundo da<br />

consciência e da percepção. O mundo dos sentidos físicos. Sem eles não haveria a<br />

percepção desta realidade. Seria o nada. Mas o nada é o todo.<br />

Porquê então esta realidade tão instável e inconstante onde tudo tem opostos e onde<br />

por isso a tristeza se disfarça na alegria?<br />

Existe apenas uma emoção no mundo. O medo. Todas as outras emoções são<br />

disfarces da primeira fabricados pela nossa imaginação que é infinita. A alegria é um<br />

desses disfarces mais apetecido. É a emoção que, consciente<strong>mente</strong>, mais<br />

ambicionamos sentir. Quem não experimentou a alegria de atingir os seus objectivos e<br />

logo de seguida se sentiu o ser mais solitário e insatisfeito deste mundo. E que outra<br />

opção teve que não fosse a de começar a procurar de novo outra alegria, outra<br />

satisfação? E porque é que esta realidade parece obrigar-nos à procura de falsas<br />

alegrias e da sua inseparável tristeza, mais parecendo uma punição.<br />

A resposta poderá ser obtida se, corajosa<strong>mente</strong>, questionarmos o sistema de<br />

pensamento em que nos baseamos. Neste mundo não há nada que nos satisfaça pois<br />

aquilo que satisfaz não precisa de ser repetido. Aquilo que precisa de ser repetido é<br />

porque não satisfez. E não existe nada neste mundo que tenha essa propriedade. Só o<br />

Amor pode satisfazer mas não pode ser vivenciado através da posse de um objecto ou<br />

pessoa. Ele é de todos mas está dentro de nós. Não no mundo exterior. No entanto, se<br />

o sentirmos dentro de nós poderemos sentir os seus efeitos nas experiências que<br />

vivenciamos.<br />

Aprendemos cedo que nascemos para morrer. Inicia-se uma contagem decrescente.<br />

No momento em que qualquer ser vivo nasce começou a sua caminhada para a morte.

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