Os sintomas 30
Os sintomas A medicina, como ciência que é, ado<strong>pt</strong>ou uma concepção do corpo como se de uma máquina se tratasse. Assim, passou a ser normal considerar o corpo físico como uma máquina em funcionamento. Todas as peças e componentes dessa máquina eram susce<strong>pt</strong>íveis de sofrer deterioração e acidentes que impedissem o seu bom funcionamento. Quando alguma coisa se avariava ou falhava no mecanismo, produziase um sinal externo, um sintoma. Por isso, a nossa medicina oficial baseia-se no tratamento dos sintomas que aparecem no corpo físico, confundindo talvez ocasional<strong>mente</strong> sintoma com doença. Infeliz<strong>mente</strong>, considera-se o sintoma como algo casual que aparece como consequência de um mau funcionamento orgânico e ao qual há que eliminar, posto que, nos impede de realizar as nossas actividades quotidianas. Não se procura a causa que produziu esse sintoma, não se aceita, em muitos meios profissionais médicos, a possibilidade de que esse sintoma seja uma manifestação, no plano físico, de conflitos psíquicos latentes, do mesmo modo que um icebergue deixa ver sobre a superfície da água, uma pequena parte, mantendo oculta, a maior parte da sua estrutura. O conhecimento do mundo físico e da ciência médica em todas as suas especialidades subdividiu-se tanto, em partes tão pequenas, que se perdeu de vista a visão global do indivíduo. A concentração em análises super-especializadas, fez esquecer o ser humano na sua totalidade. Aplicam-se assim tratamentos que geral<strong>mente</strong> provocam efeitos secundários e produzem mutações nos agentes patogénicos os quais obrigam a mudanças constantes dos remédios, lutando contra a doença que sempre parece vencer. Partindo desta ó<strong>pt</strong>ica, o doente deveria aprender a interpretar os seus sintomas, a dialogar com eles, a tratar de averiguar o que lhe está a querer dizer o seu corpo, o que lhe está a reclamar e assim estar na disposição de procurar essa alteração. Uma vez descoberta a origem do desequilibro (alimentação, tipo de vida, atitudes, processos mentais, estados psicológicos e anímicos, etc.) seria necessário dar mais um passo e encontrar os porquês. “Nem os bacilos, nem as radiações provocam a doença, mas sim o ser humano que os utiliza como meios para criar a sua doença. Tal como nem as cores nem a tela fazem o quadro, mas sim o artista que os utiliza para criar a sua pintura”. Poderíamos utilizar um método sugerido há alguns anos por um grupo de médicos, método esse que foi chamado “O método de interrogação” e que é baseado em quatro regras fáceis de aplicar: 31